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Paulo Henrich: “uma pessoa muito querida e prestativa”

04/08/2021 - 12h13min

Paulo morreu atropelado na BR-116 na noite de sexta-feira, dia 30 (FOTO: arq. pessoal e Volmir Muller)

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – O agricultor aposentado Paulo Henrich, 73 anos, morreu ao ser atropelado na BR-116 na noite de sexta-feira, 30, no bairro Travessão. Conhecido por todos e muito bem quisto, Henrich deixa uma lacuna na vida dos familiares, amigos e conhecidos.

Paulo veio de Boa Vista do Herval, se mudou para Novo Hamburgo em fábrica de calçados. Depois, veio para o Travessão, em uma propriedade de terra e, mesmo estando aposentando, permaneceu na atividade agrícola plantando de tudo um pouco.

Ele era tio e padrinho de Clarisse Henrich que contou que Paulo era “uma pessoa muito querida e prestativa”. Gostava também de festas e bailes. “Adorava dançar comigo”.

A sobrinha relatou que ele costumava conversar com todos e, dessa forma, não tinha quem não gostasse dele. Sua alegria era contagiante, estava sempre alegre, apesar dos sofrimentos que a vida já lhe impôs, quando perdeu seu filho e a sua esposa.

Paulo foi sepultado no Cemitério Católico do Travessão. Era viúvo de Irene Iracy Henrich. Deixa enlutado o filho Ademar, a neta Suelen e demais familiares. Também são lembrados em memória seu filho Ademir Luis, o pai Edvin e a mãe Frida.

Voltava do bolão e atravessou a BR para chegar em casa

Foi em uma noite de alegria que tudo acabou. Ele estava voltando a pé do bolão com os amigos, que fica do outro lado da BR-116, perto da sua casa.

O acidente aconteceu por volta das 19h30, bem em frente a Igreja da comunidade do Travessão. Paulo vinha caminhando pela rua Albano Schuh em direção à Pedro Albino Enzweiler, onde mora. Para isso, teria que atravessar a BR.

Entretanto, ao fazê-lo, acabou atingido por um Fiat Idea de cor branca com placas de Morro Reuter que seguia no sentido interior/Capital. O motorista contou que o pedestre surgiu de repente e que não teve tempo de reação. Dentro do carro estavam ele e a esposa, que não se feriram gravemente; deslocavam-se para Novo Hamburgo, onde iam pegar seu filho. O lado esquerdo do veículo ficou muito danificado, principalmente o para-brisa que restou com um buraco.

Com o impacto o corpo de Paulo foi arremessado. O Samu chegou a ser acionado mas, já não havia mais nada que pudesse ser feito para salvá-lo. Morreu na hora. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada e isolou o local enquanto se aguardava pela perícia, o que só aconteceu horas depois.

De acordo com a PRF o motorista fez o teste do bafômetro e não havia sinais de álcool presente no sangue. A polícia disse que o veículo também estava na velocidade adequada para a via e, que, de fato, o pedestre acabou passando em frente ao carro e que o motorista não teve tempo de reação para desviar o veículo.

A reportagem conversou com o motorista, que relatou profunda tristeza com o ocorrido. “É muito triste isso, estávamos indo a Novo Hamburgo pegar meu filho. Quando cheguei naquela altura ele estava na minha frente, até tentei frear, mas não tinha mais o que fazer”, lamentou. Disse que parou imediatamente para socorrer Paulo, mas que já estava sem vida e com a cabeça sangrando.

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