Conecte-se conosco

Destaques

Pesquisadores visitam Ivoti para estudos sobre a Rota da Cachaça

14/01/2022 - 15h15min

Professores devem lançar um livro em abril de 2022 com histórias e cultura sobre a produção da bebida

 

Por Leila Ermel

 

 

Ivoti – Que o município é destaque e reconhecido pela qualidade e produtividade das cachaças fabricadas, isso já é sabido e reafirmado em constantes premiações e avaliações de especialistas no ramo. Mas agora Ivoti foi incluída na Rota da Cachaça, um roteiro de estudos que vem sendo realizado pelos professores Antonio Silvio Hendges e Leomar De Bortoli, que estão finalizando a coleta de dados nas visitas realizadas em mais de 20 cachaçarias do Estado, tendo incluído o município em duas oportunidades de visitação, para então redigirem o livro [Quase] Todos os Segredos da Cachaça.

Os autores do livro fecharam as visitações de aproximadamente 30 cachaçarias no Rio Grande do Sui na semana passada. Em Ivoti estiveram em duas oportunidades, nos dias 22 e 29 de dezembro. Na primeira passagem, visitaram a Toaneria Leuck, a Casa Buckmann e a Unser Shnaps, além a Casa Amarela no Núcleo de Casas Enxaimel. No dia 29, o roteiro foi na Weber Haus e na Bockorny. Na trajetória realizada no município, os pesquisadores realizaram levantamentos de dados e do histórico das fabricantes, que deverão ter sua história inserida no livro, que é um projeto cultural com financiamento do Pró Cultura – Governo do Estado do RS e a realização da Associação Atlanthica.

<SUB>Conteúdo

A história, características, madeiras, peculiaridades sensoriais, gastronomia, coquetelaria, variedade, métodos, principais produtores e marcas das cachaças de alambique do Rio Grande do Sul, reconhecidas e premiadas em eventos e concursos nacionais e internacionais como bebidas destiladas de excelência são os temas que serão abordados no livro e e-book.

 

 

Eles estiveram em visitação na Cachaçaria Weber Haus  (Crédito: Zeto Teloken/Divulgação)

 

A cachaça em Ivoti

No conceito dos professores envolvidos neste projeto, que visa resgatar um registro histórico-cultural da cachaça no RS, Ivoti é área de predominância alemã, que produz cachaça desde que o início da colonização, pelos anos de 1830. Segundo o professor Antonio, “os imigrantes buscaram junto aos açorianos a cana de açúcar pois, além do fácil armazenamento, era possível produzir diferentes derivados como a cachaça, melado, açúcar mascavo e rapaduras. Esses funcionavam como moedas de troca para conseguir alimentos, fermentas, medicamentos, etc. ajudando as colônias se fixarem. A cana foi responsável pela sobrevivência e renda para aquelas pessoas e, mais tarde, por consequência, empregos e pagamento de impostos”.

Já o professor Leomar complementa que graças a isso, “Ivoti soube se aproveitar do seu clima sem geadas, tornando-se um polo de alta produção e de exportação. Hoje, a cidade conta com quase 120 marcas de cachaças”.

 

Os professores Antonio Sinvio Hendges e Leomar De Bortoli (Crédito: Leila Ermel)

 

Os pesquisadores

Responsáveis pelas pesquisas e redação do livro “(Quase) Todos os Segredos das Cachaças Gaúchas”, os professores Antonio Silvio Hendges e Leomar De Bortoli, são profundos estudiosos sobre a história e a produção da bebida. Hendges é biólogo, pós-graduado em Auditorias Ambientais, com formação em cursos de Ciência e Produção de Cachaças de Qualidade, Envelhecimento de Bebidas Destiladas, Master Blender e Multissensorial de Bebidas Destiladas, Mestre Alambiqueiro e editor do Blog RS no Alambique; De Bortoli é matemático e físico, mestre em Ensino de Ciências e Matemática, Master Blender e Multissensorial das Bebidas Destiladas e ex-presidente da Confraria Gaúcha da Cachaça.

 

Os pesquisadores em visita com Paulo Buchmann (Crédito: Zeto Teloken/Divulgação)

 

(Crédito: Zeto Teloken/Divulgação)

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.