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Poço do bairro Juriti, em Nova Petrópolis, começará a operar na próxima semana

14/01/2022 - 13h41min

Atualizada em 14/01/2022 - 13h41min

Asfalto precisou ser removido para instalação da canalização (CRÉDITOS: Gian Wagner)

Nova Petrópolis – O novo poço da Corsan, perfurado no bairro Juriti deverá começar a injetar água na rede de distribuição a partir da próxima semana. A expectativa do engenheiro da Corsan, Angelo Marcelo Faro, responsável pela obra e coordenador regional, é que entre terça e quarta-feira já esteja tudo funcionando. “Se tudo der certo, no melhor cenário, entre terça e quarta. No pior cenário, até sexta”, explica.

A obra já era para ter sido entregue aos clientes da estatal em 2021, completa, mas alguns contratempos atrapalharam o prazo. A RGE, por exemplo, quis agendar a instalação da energia na estação que bombeará a água do Juriti para a rede somente para março deste ano. “Conseguimos conversar e adiantar para este sábado, dia 15. Com luz, estaremos pronto para operar”.

Já a perfuração do poço começou em 2020. Primeiramente seria em agosto, passou para outubro e em dezembro ainda estava em obras, mas já com 900 metros perfurados. “Tem todo um processo que é lento. A adutora já era para estar pronta em dezembro. Era pra ser em outubro, aí ficou para dezembro. Estamos concluindo em janeiro”, explica.

ADUTORA CONCLUÍDA – O que atrasou essa última etapa foi um problema na perfuração por baixo do asfalto na Av. 15 de Novembro, próximo ao entroncamento com a Rua Pernambuco, de onde vem a canalização. “Não era pra ter sido preciso quebrar o asfalto (foto), mas não deu pra perfurar a rocha. Além de mais trabalho, também gastaremos mais para refazer esse pedaço”, disse referindo-se aos dois pontos onde o asfalto foi aberto.

30% a mais
Ao entrar em operação, o novo poço deve aumentar a volume de água em aproximadamente 30%. Mesmo assim, ainda será possível ver carros-pipas transportando água diariamente de São José do Caí para o Centro. Conforme o engenheiro da região, a intenção não é parar com a busca da água no Caí, que tem outro objetivo. “Deve diminuir [o número de caminhões], mas a gente só vai poder regular isso em outra situação”, disse. Angelo explica que os carros-pipas estão sendo usados para evitar tirar água da barragem Santa Isabel, em São Jacó, que está sendo desassoreada. “Ali (barragem) é uma obra de R$ 2 milhões”, disse.

A intenção é diminuir as despesas com os carros-pipa que, atualmente são entre oito e nove caminhões diariamente, que custam cerca de R$ 1 milhão por mês. “A questão de custo é absurda. A população paga uma média de R$ 7,00 para cada mil litros e a Corsan chega a gastar de R$ 8,00 a R$ 9,00 por litro para levar a água do vale do Caí até o centro”, revela. “É uma benfeitoria para atender a população e garantir que a população não fique sem água”. Caso haja mudança climática e chuvas, a estatal deverá voltar a tirar água da barragem Santa Isabel. “Se chover, se houver mudança de tempo, a gente vai mudar o plano”.

Barragem Santa Isabel

Desde o dia 4 de janeiro, a Corsan trabalha no desassoreamento da Barragem Santa Isabel, em São Jacó. A previsão é de que sejam retirados aproximadamente 25 mil metros cúbicos de rejeitos, fazendo com que, a longo prazo, a capacidade de água do local seja até mesmo dobrado. Atualmente, segundo o gestor da Corsan em Nova Petrópolis, a barragem está com 60% de sua capacidade cheia.

Na tarde quinta-feira, 13, operários trabalhavam na limpeza do terreno a cerca de 500 metros da barragem, onde já haviam rebaixado cerca de dois metros o curso do Arroio Santa Isabel. Em alguns pontos, de acordo o operador da retroescavadeira, pode chegar até a cinco metros. Mais próximo de onde está à margem da água acumulada, um córrego foi aberto para abrir passagem à água com cerca de um metro de profundidade.

 

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