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Por que alguns usam Facebook para opinar, mesmo que não lhe diga respeito?
ARTIGO DE OPINIÃO
Mauri Marcelo Toni Dandel
Dois Irmãos – Duas postagens sobre duas Feiras de Produtores Rurais despertaram a ira de pessoas no Facebook. Mas porque ocorreu isso com simples feiras coloniais? Que mal causam os colonos, humildes, e sua feirinha para venda de seus cultivos? Então porque tanta gente foi ao Facebook destilar seu veneno?
Foi isso que aconteceu no fim de semana, talvez por arrogância ou preguiça de alguns em (não) ler uma notícia (que é disponibilizada de graça pelo jornal). Vê-se claramente que se tivessem lido as matérias, não teriam feito os comentários que fizeram! Preguiça? Falta de tempo? Arrogância? Analfabetismo funcional? Falta de vontade?
A primeira matéria é da feira dos produtores de Herval. O objetivo do Diário era apenas ajudar os agricultores, noticiando a existência feira e também sendo uma opção para os clientes. Só isso! A notícia foi dada de graça pelo jornal, sem cobrar nada dos leitores (como muitos jornais que cobram para isso!). Porém, o Facebook limita apenas à manchete e foto! Então, muitos criticaram porque ninguém usava máscaras na dita foto: mas no site dizia “foto antes da pandemia”. Inclusive alguns políticos! Era só estes preguiçosos terem clicado no link da notícia para lê-la na íntegra, pois ali dizia isso. Mas não, não clicaram não leram (mesmo sendo de graça) e saíram criticando o Diário e os agricultores! Então, se ali na frente o Diário parar de dar notícia de graça na internet, o que estes mesmos vão fazer? Bem diz o ditado que não há valorização ao que é dado!
O segundo caso ocorreu com outra Feira de Produtor, mas de Dois Irmãos. A Prefeitura postou no Facebook a notícia que a feira estava ocorrendo. Era só isso! Mas, também neste caso, desocupados criticaram ferozmente, como se a feira espalhasse o vírus. Ora, diversos comércios estão abertos, tudo pode (com os devidos cuidados), menos uma humilde feira de agricultores? Será que estes que criticam se cuidam e usam máscaras, ou são como aquela senhora que criticou a matéria quando noticiamos que o decreto autorizando a reabertura dos salões, mas foi lá fazer as unhas já no primeiro dia?
Porque alguém que não vai à feira de produtores perde tempo criticando no Facebook? O que esperar da humanidade se as coisas continuarem assim? O ser humano não pode ser tão mal assim. A humanidade está doente? Bom, seria fácil colocar a culpa na pandemia, na quarentena, no coronavírus ou no fato das pessoas estarem trancadas em casa. Seria cômodo, mas não devemos fazer isso!
“Igual aquela senhora, que criticou a matéria do Diário quando o governador autorizou a reabertura dos salões de beleza, mas foi lá faze as unhas no primeiro dia já”!
Devemos aprender a lição. E quem sabe, uma delas, é que Deus criou o mundo em sete dias e você sabe em que dia ele criou o homem (no sentido de “ser humano”)? Foi no primeiro? Não! Deus criou o homem e a mulher no 6º dia e no 7º, descansou. Pergunto: porque Deus criou o homem quando já estava tudo pronto? Porque não quis a opinião do homem, ele criou tudo do jeito dele e só depois te criou e me criou. Se ele quisesse a nossa opinião, a opinião do ser humano, teria criado no primeiro dia! Ponto final.
Para quem não captou, fomos procurar no 1º livro da Bíblia (Gênesis, 1), que diz, de forma metafórica: “No 1º dia Deus criou a luz, no 2º criou os céus, no 3º as plantas e no 4º o sol, a lua e as estrelas. No 5º dia, Deus criou os animais, no 6º criou o homem e no 7º, Deus descansou (sábado). Então, pare de dar opinião vazia e vá trabalhar, vá refletir sobre tua vida, vá buscar novos meios de colocar comida na mesa de teus filhos e não fique reclamando por aí! Se isso faz sentido para você, lembre-se: somos a imagem de Deus, mas Ele te criou (e a mim também) um dia depois de criar os animais. É uma metáfora, e é pesada, entendeu? Então, pega este código, anota a mensagem e leva para tua vida: menos opinião e mais ação! A não ser que sua profissão seja esta (e, se for, opine menos (quando for negativa) e tenha mais atitude (de preferência, positiva).