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Prefeitura quer entregar área histórica de Estância Velha para grupo AR Moraes, dono do Calçados Veância

04/09/2018 - 16h08min

Atualizada em 05/09/2018 - 13h30min

Estância Velha – Será votado nesta terça-feira um projeto que pretende entregar, por meio de permuta, uma das áreas de terra mais históricas de Estância Velha, onde funcionou a segunda sede da Prefeitura, a primeira escola do município e, depois, por mais de três décadas abrigou a creche Mundo da Criança.

Situada no “coração” da cidade, na Av. Sete de Setembro, a administração aceitou trocar a área (dois terrenos) por dois pavilhões industriais com o grupo A.R. Moraes, do antigo calçados Veância.

O que chama a atenção no projeto, que tramita na Câmara de Vereadores e irá à votação hoje, é que a prefeita Ivete Grade aponta que a frente da área fica para a rua São Pedro e não para a Av. Sete de Setembro. Para corretores de imóveis consultados pelo Diário, essa é uma forma comum que tem apenas um intuito: o de desvalorizar a área.

Pavilhões que a AR Moraes irá dar em troca da área central

Há uma contradição nesse aspecto, pois durante toda a história do município, a frente do terreno foi a Av. Sete de Setembro. Inclusive o Centro Cultural, que hoje funciona no local, a frente fica para a Av. Sete de Setembro.

Os terrenos, que juntos medem  de 1.123m² foi avaliado, em apenas, R$ 1,3 milhão por uma comissão criada pela administração. Em Ivoti, na Av. Presidente Lucena, também no coração da cidade, uma área menor que isso foi avaliada, recentemente, por quase R$ 2 milhões.

Em troca, a Prefeitura aceitaria os dois pavilhões, que inclusive já eram alugados pelo município, na rua Fagundes Varela, quase no limite com o bairro Floresta. Os pavilhões foram construídos pelo grupo A.R. Moraes em uma parte do terreno (nos fundos) onde no passado funcionou o Calçados Veância. Os pavilhões foram superestimados em R$ 1,6 milhão.

A alegação da prefeita para aceitar a troca é de que pretende instalar o Centro de Cultura nos pavilhões. Na administração passada, de Waldir Dilkin, os pavilhões eram alugados com a mesma finalidade e revelou-se insuficiente para esse fim. O local, além de pequeno, não é a melhor estrutura para a instalação de um Centro de Cultura.

Outra curiosidade acerca da transação que está prestes a acontecer é que o Centro de Cultura, atualmente, funciona, curiosamente, na área que a Prefeitura quer entregar à A.R. Moraes.

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