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Processo de acusado de assalto está na fase final em Dois Irmãos
Dois Irmãos – Está em fase final a tramitação do processo contra Keoma Schuch de Mello, preso há um ano em Dois Irmãos por roubo cometido em uma farmácia de Presidente Lucena. Desde o dia dos fatos, o réu permanece recolhido na Penitenciária Modulada de Montenegro. O juiz da Comarca de Dois Irmãos, Miguel Carpi Nejar, já ouviu testemunhas de defesa e acusação, réu e vítimas. A Promotoria Pública, cuja acusação é feita pelo promotor Wilson Grezzana, e a defesa pelo advogado Jorge Otavio Pereira da Silva, também já apresentaram suas alegações. O próximo passo a decisão do magistrado. Durante o andamento do processo, a defesa de Keoma tentou sua liberdade com pedido de soltura, alegando excesso de tempo recolhido sem ser proferida a sentença. O pedido foi negado com a justificativa de que a demora para julgamento não é por culpa do Judiciário, mas por dificuldade de deslocamento do preso por parte da Susepe.
COMO TUDO ACONTECEU
Keoma foi preso no dia 27 de julho do ano passado. Ele é acusado de ter assaltado uma farmácia no início da tarde. Armado, rendeu duas funcionárias e fugiu levando dinheiro do caixa e os celulares das vítimas. Para ingressar na farmácia, se passou por cliente e chegou a pedir informação de medicamento, mas logo sacou a arma e apontou para a cabeça de uma das vítimas. Em seguida, o acusado fugiu em um Sandero preto. A Brigada Militar de toda região recebeu alerta e uma guarnição que estava em Morro Reuter, flagrou a fuga que ocorreu pelo Morro do Pedro. No trecho entre Morro Reuter e Dois Irmãos, ele furou duas barreiras. Na terceira, houve troca de tiros e ele acabou preso. Infelizmente, durante os tiros, um morador de Dois Irmãos, que nada tinha a ver, foi baleado na boca. O pedreiro Claudimir Mumbach foi socorrido pelos policiais até o Postão 24h. Ele chegou a ficar 12 dias internado no Hospital de Pronto Socorro (HPS), de Canoas, onde correu risco de morte, mas se recuperou.
RECONHECIDO EM MAIS ROUBOS
A prisão de Keoma gerou grande repercussão na região. Após ter sua foto divulgada nos meios de comunicação, ele foi reconhecido em mais de roubos a mão armada em Estância Velha e Novo Hamburgo. O modo de agir era quase sempre o mesmo: armado e as vítimas eram mulheres. Alguns roubos aconteceram enquanto as vítimas caminhavam e outro ocorreu em uma floricultura. Keoma sempre andava bem vestido e, nas redes sociais, demonstra uma vida próspera, com fotos e viagens internacionais. No dia que foi preso, Keoma alegou que havia sido feito refém e forçado a assaltar a farmácia de Presidente Lucena. Ele relatou que havia sido assaltado na sua casa, em Estância Velha, e que foi sequestrado e obrigado a cometer o roubo. Na época, a versão não convenceu as autoridades policiais, que lhe autuaram em flagrante por roubo.