Santa Maria do Herval – Um projeto encaminhado à Câmara pelo Executivo prevê a redução da taxa de água nos bairros em que a distribuição é feita pela Prefeitura. Hoje, a conta de consumo residencial mínimo é de 10m³ e, com a proposta, diminuiria à 6m³. O industrial que é de 100m³ e passaria a ser de 50m³. Já o comercial permanece nos atuais 10m³.

O projeto aponta que o valor por metro cúbico, que é de R$ 5,21, permanece igual. Mas o valor excedente sofrerá alterações, passando de R$ 6,78 para R$ 7,30 o m³ excedido. Dessa forma, passa de 30% para 50% de acréscimo quando o consumo mínimo for ultrapassado.

O que muda?

Em valores totais, hoje, o morador que tem consumo mínimo paga R$ 52,18 por mês, e, com a alteração, se o projeto for aprovado, pagará R$ 31,26 mensalmente. Ou seja, o morador que consumir até 6 mil litros pagará R$ 20,92 a menos, mas se consumir 10 mil litros, vai pagar R$ 8,28 a mais do que a taxa atual. Já a taxa industrial sofrerá as mesmas alterações, proporcionalmente.

Estudo técnico

De acordo com prefeita Mara Stoffel (PDT), em um estudo técnico realizado ao longo de dois meses foi concluído que, nas 600 ligações, a média de consumo girou em torno de 5 a 6 metros cúbicos nas residências. Mara destaca que em torno de 125 consumidores atingem ou ultrapassam o total de 10 mil litros.

Preocupação com a água

A prefeita explica que a demanda surgiu com a recente estiagem. “Isso nos mostrou uma outra realidade. A falta de água é terrível para todo mundo”, disse. Mara reitera que o objetivo do projeto é única e exclusivamente voltado à economia de água. Destacou que, dessa forma, pouco a pouco serão pensadas alternativas que visam a economia nas residências ou, até mesmo, captar água da chuva para determinados fins.

Vereadores pedem vistas

O projeto ainda estava sendo elaborado, mas, na sessão da Câmara de duas semanas atrás, a vereadora Rúbia Reisdorfer (PSDB) levantou o assunto, abordando somente a taxa de água industrial. Cleidir Arnold (MDB) afirmou também ter sido procurado por empresários sobre a questão. Os demais vereadores do governo não se manifestaram na tribuna sobre o assunto.

Na sexta, dia 29, foi realizada uma reunião entre o Executivo, Legislativo e equipe técnica para apresentar os detalhes do projeto e apenas seis vereadores participaram: Cleidir, Germano, Plínio, Felix, Diego e Fabiana. Na sessão desta terça, dia 2, a vereadora Rúbia pediu para que o projeto não fosse votado, alegando que não consta o valor da nova taxa no projeto. Já Plínio Wagner (PP) reiterou o pedido de vistas. “Nesse projeto está realmente faltando os números da taxa. E acho que não é o momento para nós receber esse projeto nessa Casa Legislativa”, disse.

Fabiana Basségio (MDB) comentou que os números haviam sido apresentados na reunião, quanto aos demais vereadores do governo, Diego Lechner e Felix Alles, não se manifestaram. O presidente Germano Seger (PSDB) afirmou que “o projeto é muito bom, pelo menos para as empresas, residencial não sei como fica”.