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Projeto Social Prata da Casa completa 25 anos e já formou vários atletas para o futebol profissional
Dois Irmãos – Com passado vitorioso no Estadual Amador, o Clube União está bem focado na formação e revelação de jovens atletas. Para isso aposta na escolinha criada em 1996, com o nome de Projeto Social Prata da Casa. Assim como foi em anos anteriores, em 2021 os esforços estão voltados para o Pratas da Casa que no ano passado chegou a ter 194 alunos inscritos, dos 5 até os 15 anos. O professor de educação física, Marco Gallas, 45 anos, é quem está à frente dos trabalhos e a expectativa é sempre de revelar outros atletas. Nesses 25 anos já saíram cerca de 15 jogadores para atuar em clubes maiores, no profissional. Entre eles estão nomes como o William Klaus e o Jean Pyerre.
O primeiro passo no caminho do esporte começa cedo na escolinha. Na turma de iniciação os meninos a partir dos 5 anos já têm sua primeira experiência com os treinos. Além desta, há ainda outras turmas de iniciação e depois as de campo, sub-9, sub-10, sub-11, sub-12, e assim vai até a categoria sub-16.
O ano passado foi difícil para o grupo porque não puderam competir fora. Em função da pandemia tiveram de parar as atividades em 18 de março e só conseguiram retomar em 21 de setembro, depois de seis meses. Mas em compensação, entre 2017 e 2019, foram mais de 12 troféus conquistados pelas participações de duas competições simultâneas. Neste ano, os treinos semanais foram retomados ontem, obedecendo todos os cuidados de segurança.
Projeto social
De acordo com Gallas, neste ano festivo a proposta é retomar o enfoque social, sem deixar de lado a escolinha. Ele lembra que esse era o objetivo inicial do Projeto Prata da Casa, onde oferecia oportunidade às crianças em vulnerabilidade social. Muita gente lembra das ações que aconteciam de cunho social como as festas para as crianças com a chegada do Papai Noel voando e depois pousava no campo. Além das brincadeiras, tinha distribuição de doces e lanches. Também teve o tempo com as atividades nas férias escolares. Mas como tudo envolve investimento, Gallas conta que será preciso buscar parcerias junto ao Poder Público e empresários. “O União é um clube muito grande e consegue unir pessoas que querem ajudar a gente a resgatar essas ações. Acredito que é preciso se voltar a isso”. O que eles pretendem é não perder a essência da escolinha, mas tentar dar um algo a mais. Segue com os treinos e competições, que são o essencial do futebol. O enfoque social será um diferencial. O treinador acredita que a Prata da Casa é uma das escolinhas que está a mais tempo em atividade. E tudo isso só é possível graças ao apoio e à confiança dos pais e da comunidade. Ele destaca que os desafios são grandes para conseguir tornar os treinos atrativos e mostrar a importância de praticar o esporte, em meio à tanta tecnologia disputando a atenção dos garotos.
Uma vida ligada ao clube
Marco tem sua vida ligada ao clube porque morava perto e começou ainda garoto na escolinha, na época treinada pelo Girardi. Aos 17 anos foi convidado para jogar no Amador e em 1993 participou dos tempos de glória do União, com a conquista do 3º lugar no Amador. Na época chamou a atenção do Mazarópi, que era o treinador de goleiros do Grêmio, e foi levado para Porto Alegre. Vivendo do esporte, em 2004 se formou em educação física e depois disso ainda jogou mais dois Gauchões (2005 e 2006). Um pelo Brasil de Pelotas e o outro pelo Passo Fundo. Quando parou de jogar, em 2006, se ofereceu para trabalhar no União treinando os futuros atletas. Desde então, já completou 14 anos como funcionário do clube. “Há 14 anos o clube é meu ganha pão. Mas muito antes disso a gente já tinha uma relação e isso acaba criando uma afinidade. Estou muito mais no clube do que na minha casa. Não penso só no meu salário. Essa também é uma maneira de agradecer”.