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Próxima de chegar aos R$ 6, gasolina começa a alterar rotina dos motoristas da região

23/03/2021 - 07h24min

Dois Irmãos – Há pouco mais de um mês, o preço da gasolina era um dos assuntos mais comentados no dia a dia da região. Isto porque, pela primeira vez na história, o preço médio beirava os inéditos R$ 5,00. Menos de 45 dias depois, este valor foi superado por muito, e a esperança agora é de que o valor do litro da gasolina não se aproxime cada vez mais do patamar dos R$ 6,00.

No início de fevereiro, o menor valor encontrado em Dois Irmãos era de R$ 4,759 para a comum e R$ 4,779 para a aditivada. Ontem, o menor valor era R$ 5,379 na comum e R$ 5,399 na aditivada. Ambos os valores foram encontrados no mesmo posto. No período, os menores preços do combustível ficaram R$ 0,62 mais caros. Em outro posto, a diferença tanto na comum como na aditivada chega a R$ 0,70.

Em Herval e Morro o preço é maior

Se em Dois Irmãos os valores já ficaram mais pesados para o bolso, em Herval e Morro Reuter o litro do combustível chega a superar os R$ 6 em alguns estabelecimentos. Isto ocorre porque em alguns locais o valor varia se pago à vista ou a prazo. O menor valor encontrado em Herval foi de R$ 5,869 a comum e R$ 5,959 a aditivada. O preço mais caro é de R$ 5,999 (comum) e R$ 6,089 (aditivada). Já em Morro Reuter, o que chama é a disparidade nos valores. Enquanto um posto vende o combustível a R$ 5,379 (comum) e R$ 5,479 (aditivada), o outro vende a R$ 5,849 (comum) e R$ 5,929 (aditivada). Ainda assim, o valor é mais baixo do que em Herval.

Solano de Souza utiliza seu veículo para fazer entregas

Motoristas estão abastecendo semana por semana

O frentista Valdoir França, que trabalha há oito anos no posto Rota 116, nas margens da BR-116, conta que este aumento no valor da gasolina tem modificado a rotina de quem vai até o local para abastecer o veículo. “Dá para perceber que os clientes estão vindo toda a semana abastecer, de pouco em pouco, para cuidar o preço do combustível. Normalmente a procura maior ocorre nos finais de semana”.

O motorista Solano de Souza, que utiliza seu veículo para trabalhar, realizando entregas em todo o Vale do Sinos, é um destes motoristas que teve sua rotina alterada em função do preço da gasolina, abastecendo quase que diariamente em vez de encher o tanque. “Não tenho como repassar o valor do combustível senão eu perco o cliente. O jeito é abastecer aos poucos e procurando ofertas, porque o preço está muito alto”.

Já o motorista Cláudio Ruppenthal, que trabalha também como motoboy, destaca que se tornou inevitável repassar o valor ao consumidor final. Para ele, ficou mais caro realizar entregas neste mês de março, o que culminou no reajuste do valor da tele.“Tudo aumentou, não só a gasolina. Desde pneus a peças. Tudo ficou mais caro”.

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