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Quase dois meses após deslizamento, Prefeitura ainda trabalha na limpeza da Av. Ninho das Águias

25/08/2020 - 10h12min

Atualizada em 25/08/2020 - 10h44min

Rochas que deslizaram ainda estão ao lado da pista (Créd.: Dário Gonçalves)

Nova Petrópolis – Quase dois meses após o deslizamento da encosta em trecho da Avenida Ninho das Águias, a secretaria de Obras ainda trabalha na limpeza da pista. No dia 30 de junho, o local, cerca de 200 metros da entrada do Ninho, desmoronou e atingiu um carro que passava, levando-o barranco a baixo. De acordo com os servidores públicos que atuam na limpeza, as grandes rochas que caíram dificultam o trabalho no local.

O motorista da Toyota Hilux que foi atingida pelo deslizamento, Irani Gomes de Oliveira, de 64 anos, questiona o motivo deste acidente, mas diz que não busca culpados. Segundo ele, quando o asfalto foi feito, há cerca de dois anos, a encosta ficou frágil devido ao alargamento da pista, e agora a natureza está “cobrando o preço”. Questionada se o asfaltamento pode ter contribuído para este e outros deslizamentos, a Prefeitura respondeu que a característica destas encostas é uma fina camada de solo orgânico assentada sobre a rocha. Por isso, em períodos de muita chuva, o solo fica saturado e perde a estabilidade, causando deslizamentos, que são frequentes na região da Serra.

Próximo dali, também é possível ver outros deslizamentos (Créd.: Dário Gonçalves)

Secretário de Planejamento, Hermann Deppe, explicou que para a pavimentação de todas as vias do interior é adotada uma faixa de rolamento de sete metros, o que é padrão no município. Em áreas de encosta, ainda deve ser prevista largura para instalação de canaletas pluviais. “A Avenida Ninho das Águias não possuía a largura necessária para pavimentação, por isso foi alargada”, disse.

Outro ponto de insatisfação, fica por conta da paisagem, ou falta dela, no caminho que leva até um dos principais atrativos do município. Antes, as encostas costumavam ter o colorido das hortênsias. Mas, devido ao alargamento, elas foram retiradas e o que se vê hoje são as marcas dos deslizamentos. Para isso, a secretária de Turismo, Roberta Liane da Silva, informou o Horto Municipal possui um projeto de paisagismo para o trecho, que deve fazer parte de um projeto maior de revitalização futura.

Etapas

Está em andamento a pavimentação da 3ª etapa da avenida. O Município recebeu até o momento, R$ 54.095,24 de recursos do Ministério do Turismo para esta fase. O valor representa 20% do total da obra, orçada em R$ 275.014,71. De acordo com o primeiro boletim de medição da obra, enviado pelo Setor de Projetos da Prefeitura para a Caixa Econômica Federal, a instalação da rede pluvial e a sinalização vertical foram concluídas, além da base da via estar 50% terminada.

Trecho da 3ª etapa que está sendo asfaltado (Créd.: Dário Gonçalves)

No dia 11 de agosto, a Prefeitura abriu licitação para pavimentação da 4ª e última fase. Os recursos para capeamento da via são provenientes do Ministério do Turismo, por meio de emenda parlamentar do deputado Federal Pepe Vargas, e do Poder Público Municipal.

A licitação para prestação de serviços e fornecimento de materiais será dia 26 de agosto, na Prefeitura. O edital prevê a pavimentação de 2.214 metros de extensão, correspondente a 15.498,00 m², incluindo pintura de faixas de sinalização horizontal, e rede pluvial, conforme o projeto, memorial descritivo e planilhas orçamentárias elaboradas pela secretaria de Planejamento. O recurso para a 4ª fase é de R$ 1.814.500,00, e está empenhado no Orçamento Geral da União.

Contudo, o início da obra só poderá ocorrer a partir de 15 de dezembro, após o segundo turno das eleições devido à legislação vigente em ano eleitoral, e depois que a Caixa autorizar o início da obra, que só ocorrerá após o depósito do Ministério referente à 1ª parcela.

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