Rapaz desaparecido desde 2018 é um dos casos que chegou na delegacia

Por Melissa Costa

Dois Irmãos/Região – A localização de uma ossada humana em meio ao matagal do bairro Travessão ainda é um caso cercado de interrogações. Em estágio avançado de decomposição, ainda não há informação sobre idade, sexo ou tempo que a morte ocorreu. A Polícia Civil já trabalha para buscar a identificação da vítima e o primeiro passo está sendo o levantamento de pessoas desaparecidas há mais tempo na região. A ajuda fundamental para a investigação serão os resultados periciais. No local, havia apenas o crânio, alguns ossos e uma calça azul escura. Com os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP), segundo os investigadores, será possível realizar exames genéticos com familiares para comparativos de DNA dos desaparecidos.

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QUATRO CASOS DE DESAPARECIMENTO

A Polícia Civil já recebeu informações sobre quatro pessoas desaparecidas nos últimos anos na região, três homens e uma mulher. Eles eram moradores de Novo Hamburgo, Ivoti, Campo Bom e Sapucaia do Sul. Quem tiver familiares desaparecidos pode entrar em contato com a delegacia dois-irmonense pelo fone (51) 3564-1190 ou 98543-7318.

Sumido há um ano meio, polícia suspeita de execução

Um destes desaparecidos é o menor Afonso Henrique Ferrão, de 17 anos, morador de Campo Bom. Ele não é mais visto desde o dia 30 de novembro de 2018. Nesse caso, assim que a Polícia Civil do município vizinho soube da localização da ossada, entrou em contato com os colegas de Dois Irmãos informando sobre o desaparecimento. O chefe de investigação da DP de Campo Bom, comissário Cláudio Dineck, revela que a equipe ouviu testemunhas, suspeitos, fez inúmeras diligências, mas tudo sem sucesso para a localização do rapaz. Depois de cerca de um ano e meio, a linha principal de investigação é de que Ferrão foi morto e seu corpo ocultado em algum lugar da região. Um dos fortes indícios para o desfecho trágico é pelo fato de que a vítima havia antecedentes e, inclusive, detida três vezes com drogas.

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“Mas nunca conseguimos chegar a esse possível local”

Além disso, logo após o sumiço, houve denúncia de Ferrão havia sido morto e seu corpo escondido em um matagal. “Mas nunca conseguimos chegar a esse possível local de desova. Essa denúncia chegou, mas sem maior informação sobre onde isso teria ocorrido. Por isso, com todos os indícios de execução e ocultação de cadáver, suspeitamos que essa ossada de Dois Irmãos pode vir a ser desse rapaz”, disse o chefe de investigação, acrescentando que o caso continua aberto e se houver novas denúncias ou suspeitas, as mesmas serão investigadas. “É difícil acreditar que ele ainda esteja vivo. Dificilmente, não teríamos informação disso. A última vez que o viram foi entrando em um veículo suspeito”, completa. Em contato com a família, a mãe preferiu não falar sobre o assunto. Apenas confirmou que o filho seguia desaparecido.