Recordista, Daniel Michaelsen vai para o 6º mandato em Nova Petrópolis

Nova Petrópolis – Há 20 anos, Daniel Carlos Michaelsen era eleito vereador pela primeira vez. De lá para cá não saiu mais da Câmara e, em 1º de janeiro, assumirá o sexto mandato consecutivo, tornando-se o único até o momento a conseguir o feito e o vereador com mais mandatos na história do município. Michaelsen esteve no Diário antes de sua diplomação para a legislatura 2021-2024 e falou sobre sua experiência, projetos, desafios e possibilidade de assumir a presidência da Câmara logo no primeiro ano, posto que já ocupou quatro vezes.

“Quando comecei, 90% do interior tinha luz fraca. Já encaminhei mais de 80 projetos e comecei a melhor a qualidade de vida desses moradores”

O Diário: Com 20 anos de casa, como tua experiência pode contribuir e o que podes trazer de novidades?

Daniel: “Não tem segredo, é muito trabalho. Uso uma estratégia desde 2001, trabalho no primeiro ano até o período eleitoral. O que não fiz em três anos e meio, não farei no período eleitoral. Neste período, eu peço votos. Estou com muita vontade de dar continuidade ao trabalho, tem muita coisa a ser feita ainda, principalmente no interior, como asfalto, redes de água. E acho que a comunidade nos coloca na Câmara em cima trabalho realizado. Nova Petrópolis reelegeu 2/3 dos vereadores (Dos 11 atuais, 8 concorreram a reeleição e 6 venceram), quer dizer que fizemos um bom trabalho. É importante também ter uma renovação, mas mesmo sendo o mais experiente, tenho muito ainda para aprender e contribuir”.

O Diário: Agora com nove, e não mais 11 vereadores, é possível manter o mesmo trabalho sem perder em qualidade?

Daniel: “Para mim, dois vereadores a menos, não mudará. Continuarei trabalhando, assim como todos e não perderemos em qualidade, pois temos muitas demandas e é isso que nos move e dá ânimo. A gente está disponível para a comunidade, sempre faço visitas de surpresa pra ter contato com o eleitor, ver qual é a demanda dele, que pode ser pequena mas tem que ser resolvida. Não podemos nos afastar do povo e nem ter medo de receber críticas. Eu digo para o Darlei e o Martim que se cada vereador abraçar duas ou três causas, eles podem agradecer, pois já terão tanta coisa pra resolver, que nós temos que ajudar eles nessas questões”.

O Diário: O primeiro ano de um novo mandato é mais difícil por iniciar um novo governo e novos colegas?

Daniel: “O começo é difícil mas, ao mesmo tempo, desafiador. Temos que mostrar para o que viemos com os pés no chão, e vejo que todo mundo que assumirá está muito motivado. Teremos um desafio muito grande por conta da pandemia, então será preciso encarar os problemas de frente e trabalhar. Nós queremos a vida normal de volta, e isso não acontecerá a curto prazo, no fim de 2021 ainda usaremos máscaras porque não vai ter vacina pra todo mundo até lá”.

“A gente está disponível para a comunidade. Não podemos nos afastar do povo e nem ter medo de receber críticas”

O Diário: Dos trabalhos realizados até aqui, o que você destaca?

Daniel: “Quando eu comecei, há 20 anos, 90% das pessoas do interior tinham luz fraca, não podiam ligar um chuveiro e um aquecedor. E isso me chamou a atenção, porque nós no meio urbano temos essa qualidade. Já encaminhei mais de 80 projetos de melhorias de luz em várias localidades do município, e assim comecei a melhor a qualidade de vida dos moradores do interior. Hoje não tem mais tantos casos, mas quando assumi, fiquei impressionado, eram redes de luz antigas, frágeis.

Também me orgulha as pavimentações no interior, pelas verbas que consegui. E agora tem a questão da ciclovia, que deve começar ano que vem na Linha Olinda. Queremos interligar os bairros com essas ciclovias, passar pelas belas paisagens do interior, para também valorizarmos o cicloturismo. Mas todo o trabalho feito deve ser valorizado”.

O Diário: Você já tem cinco mandatos e quatro presidências da Câmara. Serás presidente mais uma vez?

Daniel: “Para mim, o certo seria a vereadora Kátia ser a presidente em 2021 porque ela foi a mais votada. Mas conversamos e ela disse que não gostaria de presidir no primeiro ano e pediu para que eu fosse. Então estamos conversando. Eu disse que era importante ser ela, mas se ela não quiser, eu vou abraçar. O justo seria ela. Não tenho problema em assumir, mas gostaria que fosse ela”.