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Setor de festas e eventos de Ivoti pleiteia liberação das atividades

22/09/2020 - 17h02min

Atualizada em 22/09/2020 - 17h06min

Setor de festas e eventos parou em março, comprometendo o orçamento de milhares de famílias (Crédito - Divulgação)

Ivoti— Prestes a completar sete meses sem poder trabalhar, representantes de casas de eventos de Ivoti se mobilizam para viabilizar a retomada das atividades do setor. Conforme Samuel Flach, um dos líderes do movimento na cidade, o grupo já conseguiu que o Município aprovasse um protocolo de atendimento, que agora só depende da aprovação do Estado.

Flach explica que o protocolo foi criado por um grupo de empresários do ramo, que vem se mobilizando há meses em todo o estado, e montou a União das Casas de Festas e Eventos (UCFE) para representar a classe de profissionais. O movimento nasceu em Novo Hamburgo e atualmente já integra representantes de 97 cidades do Rio Grande do Sul.

O protocolo foi apresentado em cada cidade, dando ao Executivo Municipal um texto base para ser revisto e apresentado nos respectivos comitês regionais. No caso de Ivoti, Flach conta que o protocolo foi aprovado pelo comitê e encaminhado ao governador, na última sexta-feira, com prazo de 48h para resposta, que ainda não foi recebida.

Flach explica que a sugestão apresentada pelo grupo local pede a liberação inicial das atividades das casas de festas e eventos, tendo como referência as regras que se aplicam aos restaurantes. “Com restrições de horários, medidas de afastamento, atenção redobrada à higienização e público limitado a determinado percentual, por exemplo”, explicou.

Liderando o movimento em Ivoti, Flach disse que não há mais como permanecer nesta situação. O empresário destacou que costumava promover em torno de 60 eventos por ano, e que, pelo menos, quatro famílias dependem, diretamente, do empreendimento dele para sobreviver.

“Além das famílias, diretamente, dependentes do faturamento do Espaço da Torre, pelo menos outros 60 profissionais trabalham comigo de maneira informal. E essas pessoas estão sem trabalho desde o dia 15 de março”, destacou Flach.

O empresário afirmou que o setor tem plenas condições de retornar às atividades. “Nós já controlávamos o número de convidados, agora só precisamos organizar a questão do distanciamento e as medidas de higienização. Não somos irresponsáveis, mas precisamos trabalhar também”, afirmou.

Mobilização

Sem resposta do Estado, Flach conta que os representantes das casas de festas e eventos estão programando, para segunda-feira, uma manifestação em Porto Alegre. Segundo ele, a ação deve reunir representantes de bares, casas noturnas e pubs também. “Nossa intenção é parar Porto Alegre. Talvez assim o governador nos dê atenção”, disse.

O ivotiense disse que vê a decisão de liberação dos eventos corporativos, anunciada ontem pelo Estado, como uma estratégia política. “Só vai beneficiar políticos, quem precisa fazer campanha. Nós, que trabalhamos com casamentos, eventos de família, não ganhamos nada com isso”, explicou.

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