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TERCEIRA IDADE: As mãos que transformam pedaços de madeira em arte

12/08/2020 - 07h20min

Lauri mostra alguns dos seus trabalhos. (foto: Rogério Savian)

Dois Irmãos – Talvez você possa não o conhecer pelo nome, mas se já visitou as bancas dos artesãos na Praça do Imigrante vai lembrar dos artesanatos em madeira que ali estão à venda. São diversas peças produzidas pelo caminhoneiro aposentado e agora artesão, Lauri Meurer, de 69 anos. Nascido em Dois Irmãos, Lauri conta que a paixão pelo artesanato em madeira sempre o acompanhou. Quando guri, o pai tinha um caminhão e transportava acácia para Estância Velha. Na época fez o primeiro caminhão de madeira, carregou de casca e levou junto para acompanhar o pai na entrega. Aquilo chamou a atenção do pessoal. Desde então a admiração só cresceu. Aos poucos foi adquirindo o maquinário e trabalhando com madeira nas horas vagas. “Fazia o que dava porque não tinha muitas ferramentas. Depois de 30 anos como caminhoneiro na Herval, quando me aposentei consegui montar minha oficina”.

Na oficina, Lauri passa maior parte do tempo em meio às ferramentas como torno, serra, lixadeira, furadeira e muita madeira esperando para virar arte. Ele é bastante detalhista no acabamento dos seus trabalhos. “Tudo surge da minha cabeça. Posso dizer que hoje, para mim, o artesanato representa tudo. É muito mais do que um complemento na renda porque é nele que ocupo meu tempo”. O artesão faz trabalhos sob encomenda, reformas, tratador de passarinhos, caixa de correios, cuias, decoração e brinquedos em geral. Também restaura brinquedos antigos. O acabamento das peças é feito com verniz automobilístico, que garante durabilidade e fica bonito.

Dedicação

Por mais que sejam parecidas, as peças artesanais sempre são exclusivas. O artesão ressalta que valorizar os detalhes é um dos segredos para deixá-las bonitas. “Para mim, o artesanato é uma maneira de me manter ocupado. Gosto do que faço, assim como foi na época que era caminhoneiro. Aqui não me estresso, pois estou fazendo o que gosto”. A comercialização é feita há 12 anos na banca que fica junto à Praça do Imigrante. Mas devido à pandemia as atividades estão suspensas na praça. Contato pelo (51) 3564-5928 ou (51) 99723-2722.

É na oficina que as ideias são colocadas em prática. (foto: Rogério Savian)

 

 

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