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TERCEIRA IDADE: “Cada um deve fazer a sua parte e logo estaremos todos juntos”

03/06/2020 - 10h30min

Atualizada em 03/06/2020 - 10h57min

Roque Querino Klauck ocupa parte do tempo cuidando da horta. (foto: Rogério Savian)

Dois Irmãos – Acostumado a ter uma vida com bastante compromissos e rodeado de colegas e amigos, o aposentado e regente de coral Roque Querino Klauck, 83 anos, é uma das pessoas que teve de adaptar sua rotina. Com as restrições a eventos que geram aglomerações, os ensaios dos corais tiveram de ser suspensos, assim como os encontros dos grupos da terceira idade. Diante deste novo cenário o pessoal está tendo de ocupar o tempo com outras atividades. “Estou me cuidando bastante. Tenho saído pouco de casa e ocupo parte do meu tempo com a música. Também tenho a horta para cuidar”. Para matar a saudade dos amigos ele utiliza bastante o WhatsApp. “Ajuda bastante, mas não é a mesma coisa”.

“É importante se cuidar”

“Penso que estamos passando por um momento delicado e todo mundo tem que fazer a sua parte. Se cada um se cuidar, será bem mais fácil. Sabemos que essa é uma epidemia muito forte. Mas, daqui a pouco será descoberta a cura. O pessoal não pode ficar nervoso. Tem que manter a calma. Tudo vai passar e voltarão a acontecer os passeios, jogos de carta, reuniões e ensaios”, destaca.

“No passado já aconteceram outras situações parecidas, mas era outra realidade. Agora, com a globalização o mundo ficou pequeno. O transporte liga facilmente pessoas de todas as partes do mundo e isso possibilita um intercambio maior. Por isso as coisas se espalham mais rápido. Por outro lado, a medicina também evoluiu muito”.

Os corais

Há mais de 50 anos ligado aos corais, Querino começou na Linha Cristo Rei, em Morro Reuter. Somente no Coral Santa Cecília está à frente das atividades desde 1992. “Um coral torna-se uma família. Gosto muito de uma frase do o Hugo Wedig, um dos fundadores e ex-presidentes da Liga Cultural de Cantores de Nova Petrópolis, que diz assim: ‘Wo mann singt da lass dich nieder bösse menschen haben keine lieder’ – (Onde se canta pode-se pousar porque gente perversa não tem hinos)”.

Atualmente Roque é presidente da Liga de Corais de Nova Petrópolis, que conta com 15 corais, e também regente do Coral Santa Cecília de Dois Irmãos. “Sinto muita falta dos ensaios com os corais. No próximo final de semana aconteceria o 64ª Encontro de Corais da Liga Cultural de Cantores de Nova Petrópolis e região. Mas em função da pandemia precisou ser transferido para o próximo ano”.

Querino também lembra que em setembro sempre acontece o tradicional Festival de Coros de Dois Irmãos, mas neste ano provavelmente será cancelado porque o pessoal não consegue se reunir para os ensaios. O Festival é realizado desde 1978 na Sociedade Santa Cecília e reúne coros convidados da região e promovendo a cultura do canto coral. O Coral Santa Cecília está ativo desde 1860, sendo um dos mais antigos do Brasil e se mantendo forte na divulgação da música na cidade de Dois Irmãos e região. “Aproveito esse espaço para mandar um grande abraço a todos os cantores da Liga e também aos demais amigos”.

 

 

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