Trabalhadores da Vimsa e Silas entram em estado de greve

Estância Velha – Funcionários da Viação Montenegro S/A (Vimsa), que opera com a Silas, linha de transporte circular e intermunicipal do município, anunciaram estado de greve, em assembleia realizada na quinta-feira, 4. A categoria reivindica melhorias e reajustes salariais, além de benefícios, que foram reduzidos desde o início da pandemia.

Durante o encontro foi aprovada uma autorização para que o sindicato que representa a categoria, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Leopoldo, ajuizasse uma medida de mediação pré-processual no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Com isso, espera-se que haja uma conciliação com a empresa.

A reunião mobilizou cerca de 50 trabalhadores de Montenegro e Estância Velha e representantes sindicais e foi realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas, Material Elétrico e Eletrônico de Montenegro. Foram relatadas as reuniões que aconteceram entre as partes, bem como apresentadas as opções legais aos trabalhadores, diante da situação.

Reivindicações
Os trabalhadores exigem o retorno do pagamento integral do adicional de cobrança, do quinquênio e do ticket alimentação. Estes benefícios foram reduzidos por meio de acordo sindical, ocorrendo entre outubro de 2020 a janeiro de 2021, no entanto, sem cumprimento do combinado, o valor não voltou a ser pago da integralidade após o prazo. Também cobram a reposição do salário com 10% de reposição da inflação.

Estado de greve não significa paralisação imediata
Conforme explicou o assessor jurídico do sindicato da categoria, João Batista Wolff Gonçalves, o estado de greve e a greve são situações distintas. Declarando estado de greve, o trabalhador está anunciando a possibilidade de paralisação das suas atividades. Já a greve é a paralisação efetiva.

Somente após uma nova assembleia, a paralisação poderá ocorrer. Ainda, caso seja decidida a greve, deverão ser publicados editais e notificações de prefeitos e demais representantes, acerca da parada. Dessa forma, ninguém será surpreendido com o fato. Antes disso também, é possível que haja novo acordo e os funcionários decretem a situação por encerrada.

Assessor jurídico, João Batista Wolff Gonçalves de Oliveira

Fonte: Jornal Ibiá