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Três meses depois, crime que tirou a vida de Adélcio ainda não foi elucidado em Herval
Por Cleiton Zimer
Santa Maria do Herval – Hoje, dia 21, completa três meses da noite fatídica em que o empresário e ex-vice-prefeito Adélcio Haubert levou um tiro na cabeça em sua própria casa na localidade de Boa Vista do Herval, levando-o a óbito após passar seis dias em coma. Nessa quinta-feira o delegado responsável pelo caso, Eduardo Hartz, disse que a investigação segue em andamento e tramita em sigilo; nenhum detalhe foi divulgado. Dessa forma, a família e comunidade hervalense segue sem resposta de quem foi o responsável e o que motivou o crime.
Adélcio levou um tiro na cabeça em uma noite de quarta-feira, 21 de outubro, por volta das 19h30, enquanto estava sentando no sofá da sala de estar, em sua casa. Sua esposa, Flávia, também foi atingida de raspão, mas não se feriu gravemente. Ele foi socorrido por uma equipe do Ambulatório 12 de Maio, com apoio da Brigada Militar e Polícia Civil e, posteriormente, transferido para a Unimed de Novo Hamburgo onde ficou em coma por seis dias e, depois, morreu.
Casa tinha câmeras
A perícia no local do crime foi realizada na noite do ocorrido e, através dela, a polícia pode obter dados técnicos para avaliar a situação. Sabe-se, através dos policiais que estavam no local, que ao menos uma cápsula de um projétil calibre 38 foi encontrado, mas, dentro da casa havia vestígios de ao menos três disparos: um que atingiu Adélcio e outros dois em locais aleatórios.
Na semana do ocorrido o delegado Eduardo afirmou que as Câmeras de segurança de residência foram recolhidas e que elas poderiam indicar quem cometeu o crime. Entretanto, questionado se algo foi descoberto, nenhum detalhe foi divulgado.
Buscas
A Brigada Militar e Polícia Civil realizaram buscas no entorno do perímetro na noite do tiro mas, ninguém foi localizado e nenhuma pista identificada. A casa de Adélcio fica perto da RS-373, ao lado do Frigorífico Boa Vista, fundado e erguido por ele e seu pai e que foi vendido há cerca de dois anos para um empresário de Santa Catarina. Apesar de perto da rodovia a casa fica envolta por um matagal, estando isolada. Um muro com um metro de altura cerca a residência; acima do muro ainda há uma grade e, em cima desta uma cerca elétrica. Entre o muro e a casa há um espaço que varia entre 10 a 20 metros. A polícia suspeita que o atirador tenha efetuado os disparos a partir do muro, se ajeitando entre a grade e atirando pela janela, acertando Adélcio que estava sentando no sofá ao lado da mulher.