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Um ano depois da mudança da referência da região, partos no Centenário são elogiados
Região – Em 2019, o setor de obstetrícia do Hospital Getúlio Vargas, em Estância Velha, fechou as portas. Com isso, a Secretaria de Saúde do Estado alterou a referência para partos ao Hospital Centenário, em São Leopoldo, a partir de novembro. Uma nova realidade para as gestantes, mas que, um ano depois, é aprovado pelos gestores dos cinco municípios afetados.
Na época, a mudança foi válida para o próprio município de Estância Velha, além de Ivoti, Presidente Lucena, Lindolfo Collor e São José do Hortêncio. Antes da mudança, a referência havia sido alterada para hospitais de Sapucaia do Sul e Esteio, até que o Estado batesse o martelo e oficializasse o Centenário como local para os partos da região.
“É de grande valia para a instituição ser referência para estes municípios. Isso só mostra a capacidade e a qualidade do atendimento aos pacientes”, comenta Lilian Silva, presidente da Fundação Hospital Centenário. Com o aumento da demanda, o governo do Estado passou a encaminhar recursos como forma de aporte financeiro, o que ainda hoje permanece.
Acolhida – De um ano para cá, dados do Centenário mostram que os cinco municípios da região fizeram, ao todo, 328 nascimentos de crianças. Assim como no ano passado, o hospital também continua com o projeto Acolher Gestante, no qual as futuras mamães acima de 30 semanas de gestação visitam o setor e recebem orientações sobre o parto.
Moradora de Linha Nova Baixa, em Presidente Lucena, a do lar, Josiane dos Reis Backes, 33 anos, tem quatro filhos. O mais novo deles, Isaías, hoje com seis meses, nasceu em São Leopoldo em maio. “Foi tudo bem tranquilo para mim. Fui muito bem orientada e não tenho o que reclamar do atendimento. Quando me chamaram, fui a Ivoti, e de lá, para o Centenário”.
O que dizem os secretários de Saúde sobre a mudança
Estância Velha – Vitor Berlitz avalia que o assunto da mudança da referência para partos é “delicado” por ora. “Precisamos, neste momento, aguardar as definições da eleição para tratar deste assunto”. Ou seja, por enquanto não deve haver novidades sobre um eventual retorno do serviço de obstetrícia no hospital estanciense.
Presidente Lucena – Mariane Michel afirma que, de fato, não houve reclamações por parte dos pacientes a partir da mudança da referência, do Getúlio Vargas para o Centenário. “Alguns até elogiaram bastante. A única questão mesmo é a distância, que dificulta um pouco. Podemos pedir uma referência mais próxima, mas isto não depende do município”, afirma ela.
São José do Hortêncio – “Temos recebido um feedback positivo dos atendimentos a partir das pacientes. Elas estão gostando bastante. Sabemos que o importante é ter um atendimento adequado, embora lamentamos não termos um hospital de referência mais próximo da gente”, diz Joceli Araújo.
Lindolfo Collor – Manoela Coelho fala que há uma boa comunicação entre as Secretarias e o hospital, quando alguma paciente é encaminhada para dar à luz ao bebê, ou mesmo para os acompanhamentos. “Quando as pacientes estão ganhando a criança, já é recebido lá na hora. Se é liberado, já buscamos de volta, então é um processo bem positivo”.
Ivoti – Marcelo Bernardes também diz que não há queixas neste sentido até o presente momento. “Existe alguns casos pontuais, mas o serviço tem funcionado muito bem. Sempre que precisamos de algo, entramos em contato com a coordenação do centro obstetrício e tudo é resolvido de forma tranquila e amena”.