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Uma produção de morangos sem veneno que vem crescendo em Lindolfo Collor
Por Cândido Nascimento
Lindolfo Collor – O produtor de 14 Colônias, João Vicente Farias, 35 anos, e a esposa Margaret Feilstrecker, vem produzindo moranguinhos desde o início do ano, e a produção vem crescendo a cada dia. A propriedade, de três hectares, pertencia aos falecidos sogros de João, Guido e Ivone Feilstrecker, que tinham algumas cabeças de gado.
João Carlos é natural de Arvorezinha e, aos três anos, foi morar em São Sebastião do Caí com os pais Antônio Nelson e Teresa Farias, que foram trabalhar em um aviário baseado na produção de ovos. No Caí, ele trabalhou por 15 anos.
João e a esposa Margaret, que é professora, se conheceram em um baile no Gewehr, em Presidente Lucena. Eles se conheceram em 2006 e casaram em 2015, e tem uma filha, Manuela, de três anos.
A ideia de ter uma atividade diferenciada
Em 2020 João Carlos e Margaret pensaram em desenvolver na propriedade de três hectares uma atividade diferenciada do que os pais dela tinham. Como eles foram visitar uma produção de moranguinhos no município de Feliz e gostaram, decidiram implantar em Lindolfo Collor, mas sem utilizar qualquer tipo de agrotóxico.
As mudas foram adquiridas em maio deste ano e em julho já começou a colheita. “Eu fui pesquisando sobre essa cultura, e como tem poucas pessoas que atuam nessa produção na nossa região fomos atrás de mais informações, fizemos um levantamento de custos e procuramos saber quais seriam os investimentos necessários e o rendimento da produção”, explica João Carlos, que não queria plantar alface como outros produtores do município.
O casal fez um investimento em torno de R$ 50 mil para montar a estrutura das estufas, com cobertura plástica e bancadas de madeira, adubo, além de abrir um poço para irrigação, reservatório de água e comprar a tubulação e materiais para fazer a fertirrigação. Foi feito um financiamento pelo Sicredi, que será pago em 5 anos.
Projeto é chegar a 14 mil pés de moranguinho
A parte que consumimos do moranguinho é conhecida como pseudofruto, pois assim como a maçã, o caju e a pera, a parte carnosa e suculenta não é originada do ovário da flor. Quando falamos em fruto, nos referimos ao ovário da planta fecundado e desenvolvido.
O começo foi com 5 mil mudas, originárias da Espanha, mas há espaço para 8 mil, e a ideia é alcançar 14 mil mudas em um curto período de tempo, procurando triplicar a produção. “Queremos ampliar esse projeto, construindo mais três estufas para atingir a meta dos 14 mil pés”, explica Farias.
A venda é feita diretamente para os clientes, que são indicados por pessoas que já vem adquirindo os produtos e conhecendo o seu sabor. A colheita é feita pela manhã e à tarde já acontece a entrega, que é feita com o veículo de passeio do casal.
Dentro do projeto há interesse em adquirir um veículo Fiat Fiorino com refrigeração. A produção atual é de 160 kg por mês, mas a meta e chegar a colher entre 300 e 400 Kg por mês com os atuais 5 mil pés. Assim que ampliar o número de pés a produção pode superar uma tonelada.
Incentivo com terraplanagem
Segundo a secretária de Agricultura Viviane Prass Berwian, a Prefeitura auxiliou com a terraplanagem da área de terras, no início deste ano.
Viviane destaca que além da terraplanagem existem outros 16 subprogramas de auxílio aos produtores, com fornecimento de óleo diesel, adubo, ureia, sementes de milho, mudas de acácia e eucalipto, saibro e cedência de máquinas e implementos.