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Uma viagem ao passado através das fotografias

25/03/2021 - 21h35min

* Reportagem especial que você confere no Caderno dos 29 anos de Morro Reuter

O simples exercício da contemplação de fotografias para muitos representa uma verdadeira viagem no tempo. O resgate de memórias e o sentimento do saudosismo são comuns quando observamos as mais diferentes imagens. A moradora do Planalto, em Morro Reuter, Maria Dolores Bervian Vogt, de 69 anos, há muito tempo possui o hábito de imortalizar momentos e cenários distintos. E Morro Reuter também foi contemplado a partir dessa paixão pelos mecanismos de fotografia da época. Maria Dolores revela o cuidado que mantinha pela foto antiga da área que hoje compreende ao município. “Eu tinha ela (a foto) no meu álbum, e sim, naquela época, tudo era materializado. Tinha que revelar o filme todo, se deu certo ou não, por isso muitas fotos custavam tão caro, sacrificava um filme todo”, lembra.

A história por trás daquele registro feito no ano de 1968 é revelada pela moradora do Morro Reuter. “Desde nova tenho paixão em registrar momentos, épocas, só que, naquela época era difícil, aí pedi para o Ênio Blume, subir ao Morro da Embratel, e me fazer este registro. Ele era nosso fotógrafo”, disse. Maria Dolores ainda lembra com detalhes o que disse para Ênio naquele dia. “Eu fiz um comentário com ele, vamos ver esta paisagem, este cenário, daqui há cinquenta anos”, disse ela, lembrando que, infelizmente, o fotógrafo da época já faleceu há uns três anos.

Mesmo diante de muitas tecnologias em vídeo e foto na atualidade, Maria Dolores revela como gosta de recordar e reviver as diferentes paisagens e momentos de sua vida. “Por enquanto, minhas memórias estão no meu computador cerebral. É só olhar uma foto, aí dá para viajar ao tempo, e lá vem quase um jornal, de tantas lembranças”, brinca.

Apaixonada por fotografias, Maria Dolores é filha de Edvino Bervian e Lydia Theonilla Jaeger Bervian. Ela já atuou como professora, costureira e hoje é dona de casa. Ainda tem o sonho de lançar um livro referente a genealogia da família.

Imagem mostra o Birgenthal também em meados de 1968. Morro Reuter ainda não era um município, mas sim uma comunidade pequena e distrito de Dois Irmãos.

Maria Dolores afirma que sabe descrever quase todos os pontos e seus moradores, como o Moinho Wust, serralheria Deinling, posto de gasolina Weber, e residências de Sebastiane, Schuch, Schneider, Zimmer, entre outros.

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