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Vereador deseja eternizar o marco inicial da colonização em Nova Petrópolis

28/09/2021 - 11h33min

Local do início da imigração (Créd.: Divulgação)

Nova Petrópolis – O vereador Daniel Michaelsen (MDB), quer transformar o marco inicial da colonização alemã no município em um ponto turístico. A ideia, encaminhada via Indicação ao Executivo, é que a Prefeitura coloque uma placa no limite de Linha Olinda, com Linha Nova, e nesta placa esteja a frase: “Rua dos Imigrantes – Linha Olinda. Aqui começou a Imigração Alemã em Nova Petrópolis”.

O local, segundo os registros históricos, foi onde os primeiros imigrantes alemães chegaram ao município em 1858, abrindo ruas estreitas em meio à mata virgem utilizando apenas facões, machados, serrotes, carroças com cavalos e outros trabalhos braçais até a Escola Jacob Haas, descendo em direção a Linha Café, hoje Picada Café.

Vereador Daniel Michaelsen (Créd.: Dário Gonçalves)

No entanto, somente a placa não seria suficiente para que o local vire uma atração. Por isso, Michaelsen pede também que coloque no local um ponto de wifi, uma escultura de um casal com filho em pedra de areia; uma janela enxaimel com ajardinamento em volta; um muro com pedras de roça, lembrando as taipas, e fazer parceria público-privada para a instalação de um mirante no limite dos dois municípios.

Escola Professor Jacob Hass

Michaelsen destaca na Indicação a importância histórica da Escola Professor Jacob Haas, que é o marco inicial da educação na Linha Olinda e uma das mais antigas do município, surgida como entidade cultural e religiosa, em 1871. “Um dos objetivos da comunidade da Linha Olinda é restaurar a escola e tornar o espaço num museu e café, para que todos possam usufruir”, afirmou o vereador. A história mais aprofundada sobre Jacob Hass pode ser conferida no site da Câmara de Vereadores.

Antiga Escola Jacob Haas

“Negro Firmino”

A localidade de Linha Olinda também conta a história do “Negro Firmino”, um escravo foragido que se sentiu acolhido pela comunidade. João Firmino da Silva teria vindo de São José do Hortêncio e fora criado pela família Weber. Firmino não se intimidava por ser de outra raça, inclusive falava a língua alemã. Houve um período em que auxiliava as obras na defesa contra os Maragatos.

Em alemão, Michaelsen conta que ele dizia com muito orgulho: “Mia Deutsche, Missa Zahme Halle”, que quer dizer “Nós alemães, precisamos nos manter unidos”. Firmino viveu mais de 100 anos e sua lápide encontra-se no cemitério da Linha Olinda.

Pesquisas

De acordo com o vereador, essa pesquisa foi realizada na Biblioteca Pública Municipal Professora Elsa Hofstätter da Silva, no Arquivo Histórico e na Câmara de Vereadores de Nova Petrópolis, e no Arquivo Histórico de Porto Alegre. Além disso, foram realizadas entrevistas com moradores da Linha Olinda.

Um povo que preserva sua história, raízes, cultura e memória, está possibilitando diretamente a construção de um futuro para sua gente e sua cultura. E, por mais que estejamos em outros tempos com tecnologias, um povo se torna rico mantendo seus traços e requintes culturais dos seus antepassados”, conclui Michaelsen.

Imigrantes alemães na Linha Olinda

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