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Destaques

Não bastasse os desvios, denunciados aumentaram os próprios salários em até 50%

02/09/2019 - 08h05min

Atualizada em 02/09/2019 - 09h02min

Dois Irmãos – Além da denúncia de que o Instituto de Educação e Saúde Vida (Isev) desviou através de conta fraudulenta mais de R$ 24 milhões do hospital de Dois Irmãos e de outras cidades nas quais administravam unidades, o promotor público Wilson Grezzana também denuncia o aumento absurdo de salário ao próprio presidente e funcionários do Isev. O aumento foi justamente àqueles que estavam colaborando no desvio de verba pública para evitar pagamento de credores. “Primeiro embolsavam o dinheiro e, se sobrasse, as dívidas (ou parte delas) eram quitadas”, coloca.

Em pleno período de “crise”, quando os atrasos de pagamentos e a falta de depósitos de direitos trabalhistas passaram a ganhar notoriedade, seja em reportagens na imprensa ou nas reuniões do Conselho de Saúde, houve aumento nos salários de Juarez Ramos dos Santos, Beatriz Brandi Vieira e Lucia Bueno Mainieri.

VALOR JÁ ERA ALTO E, MESMO ASSIM, SE TORNOU MAIS ABSURDO

O presidente Juarez, no mês de janeiro de 2018, recebeu o salário de R$ 23.883,45 e, passou, no mês seguinte, a receber R$ 28.444,63. Ou seja, aumento de quase 20%. O valor mais impressionante é de Beatriz. Em janeiro de 2018 recebeu R$ 10.179,49 e, depois, passou a ganhar R$ 15.181,99 – quase 50% de aumento. Lucia recebia R$ 24.247,16 e passou a receber R$ 29.274, 80 – 35% de aumento. “Concluímos que, dolosamente (com intenção), Juarez, Beatriz e Lucia causaram dano erário ao município, por consequência, do Isev – que é sustentado majoritariamente com verbas públicas estaduais e municipais”. Grezzana reforça que cada centavo de dinheiro dos cofres públicos era importante e indispensável para a prestação do serviço à comunidade.

DEVOLUÇÃO COM MULTA

Juarez, Lucia e Beatriz receberam 10 salários indevidos, como apurado pelo Ministério Público. Os valores somam o montante de quase R$ 150 mil. O MP solicita ao juiz a devolução do dinheiro e também a aplicação da lei, que prevê multa de até 100 vezes o valor da remuneração. Isso é mais um dos argumentos utilizados por Grezzana ao pedir a decretação da indisponibilidade de bens, pois os valores dos mesmos podem ajudar a garantir a efetividade de uma futura condenação.

 

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