Geral
Novo vírus HIV é descoberto pela 1ª vez em vinte anos
Nesta quarta-feira, 6, cientistas anunciaram a descoberta de um novo tipo do vírus da imunodeficiência humana, HIV, que causa a doença conhecida como Aids. Publicado no jornal científico Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes (JAIDS), o estudo foi realizado pelo laboratório norte-americano Abbott e representa a primeira vez, em quase vinte anos, que uma nova cepa do vírus é descoberta.
A cepa, denominada cepa L, se encontra no grupo M, que é uma das quatro subclasses existentes para o HIV. Ela agora faz parte de outras dez cepas já identificadas, ao longo dos anos, por cientistas.
Leilão do petróleo: Maia diz que setor privado ‘fugiu’ da disputa e que resultado é frustrante
Sua primeira amostra foi descoberta pela primeira vez no final dos anos 80. No entanto, o material recolhido não era suficiente para ser estudado. Com o avanço da tecnologia, os cientistas conseguiram observar a sequência de seus genomas e categorizá-lo de forma adequada.
Mary Rodgers, bióloga da Abbott e uma das responsáveis pela pesquisa, informou em entrevista para a VEJA que o estudo tem o objetivo de diminuir as pandemias de Aids pelo mundo e monitorar o vírus: “Graças aos esforços da comunidade global da área da saúde nas últimas décadas, a meta de acabar com a pandemia de HIV está se tornando atingível”.
Projeto do governo federal pode acabar com três municípios da região
Segundo um levantamento realizado pelo Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), hoje existem mais de 38 milhões de pessoas, globalmente, que convivem com a doença causada diretamente pelo HIV, enquanto 1 milhão de pessoas chegaram a falecer, apenas em 2019, pelo progresso da doença.
Para o site TheStar, Rodgers informou que esse é apenas o início do avanço no tratamento: “Encontrar essa nova cepa é apenas o começo. Compartilhando a sequência com a comunidade científica em geral, agora outros cientistas poderão avaliar como essa cepa é diferente das outras em termos de tratamento e também para o desenvolvimento de diagnósticos ou testes que possam detectá-lo.”
Fonte: Exame