Grêmio
Procuradoria do TJD-RS denuncia Renato e Kannemann
O Grêmio poderá ficar sem Renato Portaluppi e Kannemann em uma eventual final do Campeonato Gaúcho. A Procuradoria do TJD-RS protocolou a denúncia ao treinador e o zagueiro pelo cartão amarelo sofrido contra o Avenida, em Santa Cruz, no início da tarde desta terça-feira. Enquadrados no artigo 258, que cita “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”, podem ficar fora de uma a seis partidas.
O procurador Renan Eduardo Cardoso entrou com a denúncia a partir da entrevista concedida por Renato no último domingo, na qual confirmou que pediu para Kannemann receber o terceiro cartão amarelo, que o tira do jogo desta quarta-feira, às 21h45, na Arena. Por conta da confirmação do comandante, foi possível levar o caso a julgamento no TJD-RS.
– Esse tipo de infração é comum, mas de difícil prova. Porque sabemos que diversos jogadores forçam o amarelo quando convém. Mas é uma atitude antidesportiva, antiética, mas não se consegue provar. Mas no momento que o comandante vai e diz que mandou, desta forma a Procuradoria não tem como silenciar – apontou Cardoso ao GloboEsporte.com.
O artigo prevê punição de uma a seis partidas para os dois denunciados, se assim entender o tribunal. O caso deve ser julgado na próxima semana, se tudo ocorrer dentro da normalidade – denúncia em uma semana, julgamento na seguinte. Assim, se classificar-se para a final do Gauchão, já terá disputado o primeiro jogo, no domingo.
Kannemann levou o terceiro cartão amarelo quando a partida já estava 3 a 0, ao demorar para fazer a cobrança de uma falta. Renato, na entrevista coletiva, confirmou que a atitude foi a seu mando, para que ele pudesse realizar “trabalhos especiais” por conta da sequência de partidas e desgaste físico. Paulo Miranda deve entrar em seu lugar.
Cardoso também citou que, por serem primários, caso recebam pena mínima, podem reverter a decisão em advertência. Mas isso dependerá de quem julgar o caso no TJD-RS. O Tricolor ainda não recebeu a denúncia oficialmente, apenas sabe por manifestação do procurador na imprensa.