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As últimas missões de Marcelo Medeiros como presidente do Inter
Rio Grande do Sul – Serão amargos os últimos dias de Marcelo Medeiros como presidente do Inter. Além de ter sepultada a possibilidade de conquistar um título à frente do clube, o dirigente viu seu candidato ser eliminado da disputa em segundo turno para sua sucessão.
Quem não conhece bem Medeiros pode pensar que este último mês de mandato será o que popularmente se chama de “fim de feira”, onde um relaxamento natural passa a nortear as atitudes e decisões. Certamente não será assim. O dirigente que, mesmo sem taça, tirou o Inter da humilhação da Série B e o levou a duas disputas consecutivas de Libertadores seguirá trabalhando como se fosse seu primeiro mês como mandatário.
A principal missão de Marcelo Medeiros a partir de agora é redobrar esforços para reconduzir o time a uma posição estável no Brasileirão. Se o retorno à liderança não é algo possível imediatamente, uma saída da zona de Libertadores precisa ser evitada.
É necessário o presidente descer definitivamente ao vestiário para fazer companhia a seu vice Alexandre Chaves Barcellos e dar respaldo aos profissionais Rodrigo Caetano e Abel Braga, ambos escolhidos e contratados por sua gestão. É neste âmbito que também será conduzida a despedida de D’Alessandro, outro que deixará o clube no final de 2020.
Outra tarefa importante do atual presidente colorado é a agilizar a transição do cargo e governar junto com quem for eleito em dezembro. Desde já seria importante chamar Alessandro Barcellos e José Aquino Flores de Camargo para a tentativa de encaminhamentos em função de que um deles assumirá o cargo em meio a pelo menos uma disputa importante, o Brasileirão, e não estando eliminada a hipótese de ainda ter Libertadores pela frente. Manter aceso o sonho colorado de passar pelo Boca Juniors e por quem venha pela frente também está na alçada da atual diretoria.
Quem convive com Marcelo Medeiros tem a convicção de que sua sucessão será bem tratada do ponto de vista político. Ainda que haja ressentimentos ou divergências ideológicas com os movimentos que estão no segundo turno, a imagem de desportista e de identificação com o clube do atual presidente sempre se mostraram superiores.
Certamente os colorados, mesmos os descontentes com a gestão, sabem que terão na cadeira presidencial até o último dia alguém que devolveu dignidade ao clube e que sofrerá muito para entregá-lo na melhor situação possível.
* Com informações de Gaucha ZH.