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Inter

Na defesa e no ataque, o que o Inter precisa corrigir para embalar no Gauchão

01/02/2019 - 09h42min

Atualizada em 01/02/2019 - 09h48min

Odair Hellmann viverá dias de reflexão, ajustes e muito trabalho com o elenco até a próxima segunda-feira, quando o Inter enfrenta o Brasil de Pelotas a partir das 20h40, no Beira-Rio, pela quinta rodada do Gauchão. A partida é recém a quinta do ano, mas ganha contornos decisivos e será crucial para dissipar o ambiente de pressão pelo início irregular da equipe na temporada.

O Inter entrará em campo com a corda esticada para dissolver a série atual de três jogos sem vitórias (e com duas derrotas). Dar resultado é imperativo, antes de qualquer evolução coletiva. Mas o treinador admite que é preciso corrigir erros e buscar encaixes o mais rápido possível para reencontrar os triunfos e a tranquilidade.

– Estamos fazendo algumas mudanças em relação ao ano passado, por perda de jogadores. Isso demanda encaixe, que se busca no dia a dia. Isso que vamos fazer. Trabalhar muito, como a gente faz e fez até agora, corrigir e ter o resultado o mais rápido possível – afirmou Odair após o empate com o Veranópolis.

Encaixe ofensivo

Um dos principais objetivos de jogo no futebol, a posse de bola tem sido dominada pelo Inter nas partidas. O problema é usá-la a seu favor em termos de gols. A equipe de Odair Hellmann tem dificuldade para infiltrar nas áreas adversárias. No empate com o Veranópolis, foi 64% de posse. Na derrota por 2 a 1 para o Pelotas, quase 70%.

Contudo, outro dado do Footstats mostra que as jogadas de ataque do Inter não têm surtido efeito. Do total de posse nos últimos jogos, cerca de 60% se concentrou nos lados do campo. Em contrapartida, é menor que 10% a movimentação da bola pelo centro. Ou seja, os cruzamentos ainda predominam.

Na sistemática do time, Odair testou novamente William Pottker como centroavante, em busca de bolas longas e velocidade. Não deu certo. Diante do VEC, foi a vez de Tréllez ter sua chance, como referência mais fixa. Até deu profundidade, fez pivôs, mas não conseguiu finalizar e fazer o sistema funcionar.

Pontaria

Apesar dos problemas na criação das jogadas, o Inter tem finalizado com certa frequência nas partidas. Contra o Veranópolis, foram 18. Frente ao Pelotas, 15. Porém, ao gol, chegaram somente cinco na serra gaúcha e outras oito no Beira-Rio. Os exemplos mais nítidos são a chance perdida por Pottker embaixo das traves e o pênalti perdido por Rafael Sobis, ambas na última quarta-feira.

Levando em conta apenas os números do time titular, tem uma média de 16,5 chutes para marcar um gol. Portanto, nos dois jogos com a equipe considerada ideal, houve 33 finalizações. Apenas 13 atingiram a meta adversária.

Intensidade

Após quatros partidas na temporada, o Inter ainda não atingiu o ritmo de jogo ideal. Atletas já afirmaram que sentem a perna “pesar”. Por isso, a dificuldade em abafar os adversários em seu campo, como fazia no ano passado. Nem mesmo após ficar com um homem a mais diante do Veranópolis houve nítida pressão.

– A gente pode fazer análise que é início de trabalho, vários aspectos. Mesmo com tudo isso, precisávamos estar rendendo mais. Não sei quantos minutos com homem a mais, poderíamos ter aproveitado mais. Essas correções serão feitas. Daqui a pouco tem Liberadores, e temos que chegar lá melhor – discorreu o vice de futebol Roberto Melo.

Sistema defensivo

Depois de sofrer três de quatro gols em jogadas de bola aérea, o Inter deu amostras de que o problema começa a ser corrigido. Entretanto, no gol do Veranópolis, os adversários tabelaram dentro da área colorada e envolveram os defensores, principalmente o lateral-direito Bruno. Além disso, abriu espaços com um a mais em campo e ficou vulnerável aos contra-ataques.

– No segundo tempo (contra o Veranópolis), antes do jogador a mais, estávamos no domínio. Tentamos de todas as formas, troca de passe, infiltrações, o drible. Claro, você fica dando a possibilidade do contra-ataque. Está numa situação de criar o segundo gol, acaba levando no contra-ataque. São coisas que vamos corrigir – avisou Odair.

A partir da manhã desta sexta-feira, em treino no CT do Parque Gigante, o treinador colorado passará a dar atenção maior aos erros das últimas partidas. O Inter atua novamente na segunda, às 20h40, contra o Brasil de Pelotas, no Beira-Rio. Terminou a quarta rodada na sétima colocação.

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