Inter
Na defesa e no ataque, o que o Inter precisa corrigir para embalar no Gauchão
Odair Hellmann viverá dias de reflexão, ajustes e muito trabalho com o elenco até a próxima segunda-feira, quando o Inter enfrenta o Brasil de Pelotas a partir das 20h40, no Beira-Rio, pela quinta rodada do Gauchão. A partida é recém a quinta do ano, mas ganha contornos decisivos e será crucial para dissipar o ambiente de pressão pelo início irregular da equipe na temporada.
O Inter entrará em campo com a corda esticada para dissolver a série atual de três jogos sem vitórias (e com duas derrotas). Dar resultado é imperativo, antes de qualquer evolução coletiva. Mas o treinador admite que é preciso corrigir erros e buscar encaixes o mais rápido possível para reencontrar os triunfos e a tranquilidade.
– Estamos fazendo algumas mudanças em relação ao ano passado, por perda de jogadores. Isso demanda encaixe, que se busca no dia a dia. Isso que vamos fazer. Trabalhar muito, como a gente faz e fez até agora, corrigir e ter o resultado o mais rápido possível – afirmou Odair após o empate com o Veranópolis.
Encaixe ofensivo
Um dos principais objetivos de jogo no futebol, a posse de bola tem sido dominada pelo Inter nas partidas. O problema é usá-la a seu favor em termos de gols. A equipe de Odair Hellmann tem dificuldade para infiltrar nas áreas adversárias. No empate com o Veranópolis, foi 64% de posse. Na derrota por 2 a 1 para o Pelotas, quase 70%.
Contudo, outro dado do Footstats mostra que as jogadas de ataque do Inter não têm surtido efeito. Do total de posse nos últimos jogos, cerca de 60% se concentrou nos lados do campo. Em contrapartida, é menor que 10% a movimentação da bola pelo centro. Ou seja, os cruzamentos ainda predominam.
Na sistemática do time, Odair testou novamente William Pottker como centroavante, em busca de bolas longas e velocidade. Não deu certo. Diante do VEC, foi a vez de Tréllez ter sua chance, como referência mais fixa. Até deu profundidade, fez pivôs, mas não conseguiu finalizar e fazer o sistema funcionar.
Pontaria
Apesar dos problemas na criação das jogadas, o Inter tem finalizado com certa frequência nas partidas. Contra o Veranópolis, foram 18. Frente ao Pelotas, 15. Porém, ao gol, chegaram somente cinco na serra gaúcha e outras oito no Beira-Rio. Os exemplos mais nítidos são a chance perdida por Pottker embaixo das traves e o pênalti perdido por Rafael Sobis, ambas na última quarta-feira.