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Bolsonaro faz novo apelo para evitar greve dos caminhoneiros mas diz que não vai reduzir o preço do diesel

31/01/2021 - 10h12min

Atualizada em 31/01/2021 - 13h46min

Brasil – Jair Bolsonaro voltou a apelar para que os caminhoneiros não façam a paralisação nacional marcada para ter início nesta segunda-feira, 1º. Apesar do pedido, ele disse que não reduzirá os tributos sobre o preço do óleo diesel – principal reivindicação da categoria – alegando que isso resultaria em um perda de receita bilionária aos cofres públicos. “Não é eu que vou perder, o Brasil vai perder. Os senhores também vão perder”, disse Jair Bolsonaro sobre a greve dos caminhoneiros prevista para ter início nesta segunda-feira. Ainda segundo ele, a redução dos tributos sobre o diesel resultaria em uma perda de receita de R$ 26 bilhões

“A gente apela para os caminhoneiros, eles realmente são o sangue que leva o progresso, todo o movimento dentro do Brasil. Não é eu que vou perder, o Brasil vai perder. Os senhores também vão perder”, disse Bolsonaro neste sábado, de acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Ele disse, ainda, que a redução do PIS/Cofins incidentes sobre o diesel resultaria em uma perda de receita da ordem de R$ 26 bilhões. “A Receita apresentou para mim onde eu poderia achar parte desse recurso. É cobrir um santo e descobrir outro”, disse. “Eu gostaria, não sei se estou certo, porque tem que falar com o Paulo Guedes [ministro da Economia] antes, que não tivéssemos esse impedimento na Lei de Responsabilidade Fiscal, [de] ao diminuir imposto ser obrigado a achar a fonte para compensar o que foi diminuído em outro local. Se não tivesse, eu zeraria agora imediatamente os R$ 0,33”, justificou. Na semana passada, a Petrobrás anunciou um aumento médio de 4,4% nos preços dos combustíveis.

“Vocês têm razão nas reivindicações, no passado houve muita gente comprando caminhões, por planos de governos anteriores. Há um excesso de caminhões na praça. Isso ajuda a diminuir o valor do frete, o que não é bom”, disse.

Bolsonaro também afirmou não querer “culpar terceiros” pelo problema e que os preços praticados pela Petrobrás seguem a cotação internacional. “O Brasil todo perde com uma greve. Sabemos dos problemas deles, eu não quero culpar terceiros. Nós fizemos já alguma coisa por eles. Agora, fui em cima da Petrobras, para pegar números. Eu não interfiro na Petrobras. O preço do combustível registrado pelo [Roberto] Castello Branco, seu presidente, leva em conta basicamente o preço da cotação do dólar internacional e o preço do dólar internamente”, destacou.

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