Exclusivo: região tem aumento da população acima da média estadual

Região – Na contramão do Estado do Rio Grande do Sul, a região da Encosta da Serra tem aumentado de forma consistente o número de habitantes na última década. A projeção é do Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

Os dados inéditos, referentes à totalidade do Estado, entre os anos de 2010 e 2017, foram divulgados na segunda-feira, 15, porém, o Diário obteve com exclusividade as informações dos seus onze municípios de cobertura. Segundo a Seplag, dados sobre as 497 cidades somente serão conhecidos em agosto.

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Todos os municípios cobertos pelo Diário aumentaram sua população no período. O campeão é Presidente Lucena, que viu o número de habitantes crescer 17,68%, de 2.528 para 2.975. Foi também a 12ª variação mais alta entre os 497 existentes no RS. Depois, vem Dois Irmãos, com 14,25% de aumento.

O prefeito de Lucena, Gilmar Führ (Nack), lista diversos fatores que explicam, segundo ele, a maior população. “O principal é que temos emprego, qualidade de vida, boas condições de educação e saúde. Ainda somos uma cidade calma e temos empresas fortes por aqui”, comenta Nack.

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Gilmar Führ, prefeito de Presidente Lucena

Menos habitantes

Analisando os números é possível ter um panorama da situação regional. Num âmbito geral, o Rio Grande do Sul tem atraído menos habitantes, quando consideradas as chamadas trocas migratórias. Ou seja, conforme o estudo, são poucas pessoas que entram, enquanto muitas saem.

Porém, ao contrário do que se pode imaginar, o Estado não vem perdendo habitantes, mas entre 2010 e 2017 aumentou a população em 365 mil pessoas. Ainda assim, preocupa: o crescimento populacional do Estado na década, de 3,35%, é hoje o menor do País. Mas por que o fenômeno não se repete na Encosta?

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O autor do trabalho, o pesquisador da DEE, Pedro Zuanazzi, afirma que a região, assim como outras próximas que compartilham do mesmo índice, como a Serra, oferece boas condições sociais e econômicas. “Elas têm IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) maior, renda per capita maior, e por consequência são regiões que atraem população por migração e perdem menos pessoas por emigração”, afirma Zuanazzi.