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Manifestação de clientes da InDeal não sensibiliza Ministério Público e Justiça

30/07/2019 - 17h17min

Atualizada em 01/08/2019 - 09h01min

Porto AlegreA manifestação de clientes da InDeal em frente a sede do Ministério Público Federal (MPF), em Porto Alegre, na sexta-feira (26), não sensibilizou membros do órgão. O procurador que, há uma semana, ofereceu denúncia contra os cinco sócios da empresa e outras dez pessoas, que tinham relação direta no esquema, segue sem dar explicações públicas sobre o assunto. 

Os clientes da empresa que dizia atuar no mercado de criptomoedas, mas que para o MPF operava uma pirâmide financeira, organizaram a manifestação com a intenção de pressionar o MPF e a Justiça Federal, onde o caso tramita desde maio, a liberar o dinheiro bloqueado das contas da empresa e dos sócios, para que possam reaver o valor aplicado. 

Com cartazes demonstrando apoio a InDeal e com gritos de ordem, um pequeno grupo se aglomerou em frente ao MPF para chamar a atenção dos procuradores e forçar uma audiência para discutir a questão. Contudo, eles não foram recebidos. Os manifestantes reividicam maior celeridade ao processo, para que consigam recuperar o quanto antes o dinheiro que aplicaram. 

A líder do movimento revelou, em entrevista à GaúchaZH, o desejo de que o Poder Judiciário feche uma espécie de acordo com os réus do processo, para que o dinheiro e os bens apreendidos ou bloqueados durante a investigação da Polícia Federal, que culminou na operação Egypto, sejam liberados. Enquanto isso não acontece, advogados da empresa dizem que não é possível regularizar o débito.

NOTA

No mesmo ato, um manifestante leu uma “nota à imprensa”, atribuída ao advogado da InDeal, que coloca em dúvidas a investigação da Polícia Federal e fala, de maneira abreviada, sobre a “incompreensão” das autoridades locais. O documento considera, ainda, que a prisão dos sócios é ilegal e de que há convicção na legalidade e sustentabilidade econômica dos negócios desenvolvidos pela empresa. “A empresa não medirá esforços para reparar essa grande injustiça e, na mesma medida, para cumprir com obrigações contratadas com seus clientes”, diz. 

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