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Ruas do Centro de Dois Irmãos podem ficar com sentido único

31/08/2020 - 10h44min

Atualizada em 31/08/2020 - 11h37min

Ruas que foram solicitadas as mudanças

Dois Irmãos – De acordo com o chefe do Departamento de Trânsito, Mauro Agostini, está sendo avaliada a possibilidade de modificações em cinco ruas do Centro, que são motivos de reclamações. A modificação ganhou força nos últimos dias, com a cogitação da ideia, justamente por estas ruas  serem estreitas, possuírem tráfego nos dois sentidos e estacionamentos em ambas as laterais, o que acaba trancando o trânsito quando algum veículo está estacionando. Mas essa ainda é uma situação que precisa de bastante estudo quanto à sua viabilidade.

O assunto passou a ser debatido com mais intensidade no final de julho, quando os vereadores Sérgio Fink e Paulo Quadri apresentaram, na sessão do dia 27, uma indicação para que seja implementado sentido único no trânsito de veículos nas travessas Atiradores, Mário Sperb, Pastor Prutskin, J. Wingert e rua Otto Engelmann. Essa alteração compreenderia o trecho entre as Av. São Miguel com a 10 de Setembro ou com a Av. 25 de Julho.  O vereador do PDT, Sérgio Fink, destacou na Câmara a importância desta proposta ser avaliada por conta da necessidade de mudança, por ser um anseio da comunidade, para que o trânsito possa fluir melhor.

Mauro explicou que “vem sendo avaliado constantemente mudanças e melhorias na mobilidade urbana de Dois Irmãos. As melhorias no trânsito são desde a instalação de uma placa, pintura de sinalização, ordenação em zona de conflito, entre outras. As obras mais visíveis e que geram mais impacto são as rotatórias que foram instaladas em vários cruzamentos com trânsito intenso, melhorando o fluxo e a dinâmica”. Também explicou que alterar o fluxo de uma via envolve um estudo bem maior dos impactos. “Em relação ao pedido, estamos avaliando com muito cuidado a indicação do Poder Legislativo. Estas ruas têm uma importância para a mobilidade, dando acesso às principais ruas do Centro, temos que analisar um todo”.

Travessa Pastor Prutskin é uma das que está na lista. (Foto: Rogério Savian)

20.411 veículos

O desafio de conseguir fazer o trânsito fluir no Centro está diretamente relacionado ao ligeiro aumento de veículos nas ruas. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Ministério da Infraestrutura, no mês de julho deste ano havia 20.431 veículos registrados. No mesmo mês, em 2019, eram 20.005 veículos, ou seja, em 12 meses teve um aumento de 426. Isso representa um crescimento de 2,09% na frota. Os problemas maiores acontecem nos horários de pico e nos dias de chuva.

Problema maior: carga e descarga

Uma das principais queixas está relacionada à carga e descarga em horários de maior movimento, que dificulta o trânsito. “As operações de carga e descarga são fundamentais para o funcionamento do sistema urbano e crescimento econômico das cidades. Porém, estas operações devem ser realizadas em áreas específicas para manter a harmonia do trânsito e o desenvolvimento local, compatível com o Plano Diretor do desenvolvimento urbano da cidade”.

Outro problema é com relação a carros-fortes, que param em frente a agências bancárias ou farmácias. Há muitos flagras enviados ao Diário destes veículos parando, em dias de maior movimento, no meio da rua, atrapalhando o fluxo para a realização do serviço. Um comerciante das proximidades sugeriu que, da mesma forma que há estacionamento de 15 min em frente a farmácias, que se coloque uma vaga para carros fortes, pois “eles igual não respeitam o trânsito e param em qualquer lugar”.

Outra saída é: permitir estacionar apenas em um lado

Mauro também reforça que as áreas para estacionamento de carga/descarga devem ser planejadas de forma a não ocorrer o caos urbano. “Estamos discutindo no Projeto de Mobilidade Urbana diretrizes para esta finalidade”. Uma das possibilidades adotadas por muitos municípios nesses casos seria diminuir as vagas de estacionamento em uma das laterais ou os horários de carga e descarga.

 

Nota: se você concorda ou discorda com a medida em debate ou se você tem uma sugestão diferente, contate o Diário pelo [email protected].

 

 

 

 

 

 

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