Especialista afirma que não há motivo para pânico sobre coronavírus
Região – Apesar do alerta da Organização Mundial de Saúde referente ao surto de coronavírus, um especialista da área garante que não há razão para pânico geral. Esta é análise de Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) e professor da Universidade Feevale.
De acordo com ele, mais esta epidemia será vencida. “Há uma atenção muito grande das autoridades sanitárias em relação ao mapeamento e vigilância de casos suspeitos, e este é um fator que deve refrear um pouco a disseminação do vírus”, comenta ele.
O especialista ainda se diz preocupado com as fake news que surgem a partir da disseminação do coronavírus. “Tem aparecido relatos sobre casos acobertados pelos governos, fórmulas milagrosas de proteção, milhares de mortos, mentiras de que o vírus foi inventado em laboratórios. É importante que as pessoas não se deixem levar por estas sandices e busquem informações principalmente através da mídia regular”, afirma Spilki.
O que é e quais os sintomas do coronavírus
Segundo o Ministério da Saúde, os coronavírus são uma família viral já conhecida da espécie humana desde meados da década de 1960, causando infecções respiratórias em seres humanos e animais. Duas variantes dele causaram epidemias de doenças graves: a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), desde 2012.
Os hospitais de referência para o coronavírus no Rio Grande do Sul são o Conceição, em Porto Alegre, e o Universitário, em Canoas. A forma de transmissão, que iniciou de animais para humanos e já é de pessoas para pessoas, ainda é investigada. Mas costuma ocorrer pelo ar ou contato com gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo ou com objetos contaminados. Por isso, o uso de máscara é recomendado.
Não existe tratamento específico para o coronavírus, mas é indicado repouso e ingestão de bastante água. Medicamentos para dor e febre, além de umidificador no quarto ou banho quente, podem aliviar dor de garganta e tosse. O vírus pode ficar incubado, ou seja, não manifestar sintomas em pacientes por até 14 dias. O perigo atual é que a atual variante pode evoluir para quadros de pneumonia e insuficiência respiratória.