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Antigo projetor de cinema usado nas sociedades Atiradores e Santa Cecília para a exibição de filmes se encontra no Museu

30/09/2021 - 15h36min

Atualizada em 22/10/2021 - 15h47min

As salas de cinema sempre foram uma atração para aquelas pessoas que buscaram diversão. Seja para frequentar com amigos, família, ou até mesmo sozinho, os cinemas sempre atraíram a atenção de pessoas de todas as idades.

A história do cinema no Brasil começa em julho de 1896, quando ocorre a primeira exibição de cinema no país, na cidade do Rio de Janeiro. No mundo, o cinema tem início em dezembro de 1895, na cidade de Paris. A película exibida foi Saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière, dos irmãos Lumiére. Inicialmente o cinema era mudo, e somente na década de 1930 surge o cinema falado.

E em Dois Irmãos não podia ser diferente, mas o cinema chegou bem mais tarde, na década de 60. Muitas pessoas se reuniam para frequentar as sociedades Atiradores e Santa Cecília aos domingos para a exibição de grandes obras da indústria cinematográfica da época.

O projetor que está no Museu de Dois Irmãos é datado de 1957 e foi usado em exibições nas sociedades Atiradores e Santa Cecília nas décadas de 60 e 70. O responsável pela projeção era Vitali Bachtin, filho de um médico russo, que foi homenageado pelo município pelo trabalho realizado. Não há registro do trabalho ter sido feito por alguém antes de Vitali.

O primeiro contato de Juarez Stein, 64 anos, com o cinema foi quando tinha 12 anos, isso na década de 60. O primeiro filme, lembra, assistiu na Sociedade Atiradores. “Meu primeiro filme, King Kong, em tela ampla, foi nos anos 1960. Saí de lá sem saber se deveria seguir em direção norte ou sul da Avenida São Miguel”.

Além de King Kong, Juarez assistiu outros clássicos como Os Canhões de Navarone e Teixeirinha – Motorista sem limites. “Os filmes do Teixeirinha atraíam muitas famílias ao cinema, sempre tinha bastante gente”.

Anos depois, também na Santa Cecília passaram filmes. E foi na década de 70 que Juarez assistiu O Exorcista, um verdadeiro choque para a época. Ele lembra que, as cadeiras eram de palha e que o rolo do filme rompia toda hora. “A luz era ligada e o rolo ajeitado no meio da sessão”. Atualmente, Juarez frequenta pouco os cinemas, mas se o filme é bom, se dispõe. Com a pandemia e diversidade de canais de streaming disponíveis, prefere assistir algo no conforto de casa.

Homenagem a Vitali Bachtin pelo trabalho realizado, entregue por Tânia da Silva e o atual prefeito Jerri Meneghetti

 

 Filho de Victor Bachtin e Maria Bachtin, Vitali Bachtin nasceu no dia 1º de agosto de 1944, em Hannover – Alemanha. Se instalou em Dois Irmãos com a família no ano de 1950. O cinema entrou na sua vida através do seu pai. O pai médico comprou um projetor e alugava filmes para passar para os amigos em sua casa. Como não havia muitos programas para fazer em Dois Irmãos na época, o hobby foi crescendo e ele começou a passar filmes na Sociedade Atiradores com cobrança de ingresso.

Aos 19 anos, Vitali seguiu as atividades do pai, expandindo os negócios, com o cinema itinerante em uma Kombi, fez sessões em Morro Reuter, Santa Maria do Herval e Feliz, foi um dos pioneiros da região em trabalhar com o cinema. De 1982 a 2000 atuou como Técnico de Segurança do Trabalho, foi gerente de 2 cinemas em Cachoeira do Sul, e responsável técnico das 5 salas de cinema de Novo Hamburgo. Atualmente tem uma coleção que somam mais de 250 filmes da época.

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