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“As diferenças e evolução das coisas em Morro Reuter são nítidas, antigamente era tudo a pé e hoje já existe transporte”

19/03/2022 - 16h38min

João e a esposa Dulce falam sobre Walachai | Foto: Carla Fogaça

Nascido e criado na Walachai, João viu a localidade desenvolver

Morro Reuter-  O agricultor João Eurico Wendling, 63 anos, nasceu e se criou na localidade de Walachai. Mora atualmente com a esposa Dulce Wendling e a filha Luana, ao lado da casa que cresceu com os pais. Segundo ele, o local mudou muito se comparado há pouco mais de 30 anos, e uma das coisas que relembra é o uso de carroça. “Antes era só carroça que a gente via por aqui, e para a escola era tudo a pé e hoje já existe transporte e o pessoal anda de carro”.

Mas se engana quem pensa que as mudanças foram só na locomoção. Segundo João, a localidade desenvolveu muito e se percebe que a cada ano mais pessoas migram para Walachai em busca de um lugar calmo e seguro para viver. “Aqui é bom, lugar bom, seguro, a polícia faz um bom trabalho aqui. Para criar filhos é maravilhoso”, destaca.

A Escola era de madeira e poucos professores

O tempo de escola de João foi marcado por muitas amizades. “A Escola Rui Barbosa era diferente de hoje em dia, ainda era de madeira. Eram dois professores, o Albano Wilkert e o meu tio João Benno Wendling”, relembra.

Outro diferencial daquela época era que os professores também eram catequistas e davam aulas de ensino religioso. “Toda a sexta-feira a gente tinha missa na Escola, era muito bacana”. O professor João Benno também escreveu um livro com diversos relatos históricos da localidade.

Muitos encontros e jogos de cartas e futebol

Na adolescência os jovens se encontravam nas casas para jogar carta e futebol pela localidade. “Era um tempo bom, nos encontrávamos no bar também, tinha o Grupo de Jovens da Igreja e agora não tem mais. A turma se misturava, hoje em dia a gente se encontra quando passamos um pelos outros nas ruas”, declara.

A Igreja foi reformada duas vezes

A Igreja Católica São Nicolau foi construída em 1916 e reformada pela primeira vez em 1962 e depois em 2009. “Em 62 eu era bem pequeno, quase não me lembro, mas na última reforma a comunidade pegou junto, eu ajudei lá. Ela foi ampliada e ao mesmo tempo mantida a parte da frente”, conta João.

“É linda nossa Igreja. Sai bastante casamento bonito, claro, antigamente tinha muito mais casamento aqui, a gente se casou ali. Mas quando tem é um evento especial para todos”, diz Dulce.

Emancipação e seus benefícios

Segundo João, com a emancipação de Morro Reuter tudo melhorou e facilitou para a população. Ele como agricultor diz que a comunicação com a Prefeitura é excelente, sem contar que fica mais rápido para as coisas serem resolvidas. “Antes tínhamos que ir até Dois Irmãos, agora é só ir no Morro”, explica.

Outra área que Walachai sentiu a melhoria é no setor da saúde. Conforme João, o Posto na localidade é muito bom e tem atendimento uma vez na semana. “Aqui tudo funciona. Eu não saiu daqui por nada”, ressalta.

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