Notícias
Boleto vencido acima de 100 reais poderá ser pago em qualquer banco a partir de sábado
A partir de sábado (13), boletos vencidos com valor igual ou acima de R$ 100 poderão ser pagos em qualquer banco, o que inclui caixas eletrônicos, sites e outros canais de atendimento. A regra, porém, somente vai valer para os documentos que já estiverem cadastrados na nova plataforma de cobranças desenvolvida pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Consumidores que não conseguirem pagar seus boletos devem entrar em contato com o emissor da cobrança, pois é possível que o documento não tenha sido cadastrado na plataforma. Caso isso ocorra, caberá à empresa realizar o cadastro do boleto ou indicar outra forma para o pagamento.
Em 27 de outubro, boletos com valor abaixo de R$ 100 também passarão a seguir as mesmas regras. Já no dia 10 de novembro, serão incluídos os documentos de cobranças de cartões de crédito e de doações. Até lá, esses pagamentos podem ser feitos em toda a rede bancária até o vencimento, independentemente de estarem ou não cadastrados no sistema.
Com a inclusão dos boletos a partir de R$ 100, a plataforma única dos bancos terá incorporado cerca de 3 bilhões do total de boletos emitidos por ano no País. Segundo a Febraban, o sistema dá mais segurança para a compensação de boletos e permite o pagamento, com a eliminação dos riscos de fraudes, além de evitar a quitação em duplicidade.
Inadimplência
A inadimplência cresce mais entre os idosos, segundo pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Entre a população de 65 a 84 anos, a inadimplência subiu 9,56% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2017. Foi o maior aumento entre todas as faixas etárias – a alta foi de apenas 1,69% entre os consumidores de 30 a 39 anos, por exemplo.
Vários fatores pesam no endividamento dos mais velhos. Um deles é a própria redução do rendimento, já que a maioria passa a depender exclusivamente da aposentadoria do INSS, quase sempre de apenas um salário mínimo. Mesmo ganhando pouco, muitos idosos passam a ser responsáveis pela renda da família, pois os outros membros foram afetados pelo desemprego. Para compensar, alguns pegam empréstimo consignado (com desconto direto no benefício), o que acaba reduzindo ainda mais o valor que sobra da aposentadoria.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a maior inadimplências dos idosos é reflexo da permanência prolongada dos idosos no mercado. “Eles estão permanecendo por mais tempo no mercado de trabalho, a renda mais curta nessa faixa etária e o aumento expressivo de gastos com saúde podem desajustar o orçamento”, analisa.
O País conta com 7,5 milhões de idosos na força de trabalho, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). No segundo trimestre, 63% dos idosos se declararam como chefes de família.