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Bolsonaro e Moro se reúnem após divulgação de mensagens

11/06/2019 - 17h13min

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se reuniram na manhã desta terça-feira (11) no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Após o encontro, em nota, o ministério informou que Moro disse a Bolsonaro que a Polícia Federal investiga a “invasão criminosa” de celulares de juízes, procuradores e jornalistas.

A reunião ocorreu após o site The Intercept ter publicado no fim de semana reportagem com troca de mensagens atribuídas a Moro e ao coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol.

Segundo o site, o então juiz responsável pela Lava Jato no Paraná orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores que atuam na operação. As conversas aconteceram no Telegram – aplicativo de mensagens.

O encontro entre Bolsonaro e Moro para discutir as mensagens publicadas pelo site foi informado na segunda pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia sido incluído na agenda oficial do presidente, divulgada pelo Palácio do Planalto.

Moro comentou o caso na segunda-feira. Ele afirmou em uma entrevista coletiva em Manaus (AM) que não orientou a atuação dos procuradores, acrescentando que os trechos mencionados na reportagem, na opinião dele, não mostram prática ilegal.

“Na verdade, já me manifestei ontem, não vi nada de mais ali nas mensagens. O que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores, não é? Pra mim, isso é um fato bastante grave – ter havido essa invasão e divulgação. E, quanto ao conteúdo, no que diz respeito à minha pessoa, não vi nada de mais”, disse o ministro.

Ainda na segunda, o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, disse que informou Bolsonaro sobre o vazamento no domingo (9) e voltou a conversar sobre o caso com o presidente por volta das 6h30 desta segunda.

Nos dois momentos, segundo Wajngarten, Bolsonaro repetiu a afirmação: “Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro”.

Fonte: G1

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