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Celso Schuck, de Morro Reuter, mostra terras em que planta as lavandas
Por Geison Machado Concencia
Morro Reuter – As Lavandas do Morro ficam próximas ao Centro do Município, no morro da Embratel e no Walachai, atraindo turistas bela beleza das plantas e pelo cheiro agradável. Assim como diversos outros proprietários por toda a cidade. As lavandas chegam a receber pessoas de diversas regiões do Estado e até do país, entre elas, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Ceará, alguns vêm de excursão para conhecer a flor símbolo da cidade. Também já receberam um turista de Portugal que veio com uma turma de 40 pessoas. O lavandário é cultivado por Celso Schuck, 59 anos e o genro Marcio Backes, 41. Eles são os donos e estão desde fevereiro deste ano cultivando as plantas.
Os proprietários recebem quase todos os fins de semana turistas, que ficam; as vezes, quase o dia inteiro no local. “Tem gente que gosta de ficar tanto tempo aqui que não quer ir embora”, explica Celso.
ESSÊNCIA
Celso e a família também produzem a essência da lavanda. Quando elas alcançam determinada altura, os proprietários a cortam para extrair o óleo. Vão para uma máquina que as destila e assim que estiverem prontas são usadas para produção de remédios. Para fazer um litro é necessário 400 kg de lavandas. Ao encher a máquina precisam esperar cerca de uma hora para colocar mais. O óleo, hoje, vale R$ 900 o litro; mas já teve um preço melhor, chegando a custar R$ 1200.
A máquina de propriedade da Lavandas do Morro é a única da cidade, e é uma das poucas em todo o Estado. Por isso os agricultores que trabalham no cultivo dessa cultura utilizam os serviços do Celso, que além de destilar a essência da Lavanda, também corta as plantas de outros lavandários do Município.
ROTINA DE TRABALHO
Celso comentou que ele e o genro tem uma semana corrida de serviço. De segunda a terça, eles cortam as lavandas em outras propriedades. Entre quarta e quinta, pelo menos um deles fica na máquina que destila o óleo enquanto o outro ajuda na plantação. “É necessário que alguém sempre fique na máquina para não perder a produção da essência”. Nos outros dias da semana, a preocupação maior é com a recepção aos turistas.
DO EUCALIPTO À LAVANDA
Celso trabalhou muitos anos com eucalipto e acácia. Mas em determinado momento pensou na oportunidade de mudar de ramo e então procurou seu genro para entrar como sócio na plantação de lavandas. Já Marcio trabalhava na indústria calçadista e quando o sogro convidou para fazer parte do negócio, não pensou duas vezes e aceitou.
No início eles pensavam apenas em cultivar as plantas. Mas tudo mudou depois que foram a uma reunião da Emater com outros produtores da cidade e descobriram que o ex-proprietário da máquina de destilar estava vendendo o equipamento. Celso comentou que “ só tinha uma opção, comprar o destilador ou apenas plantar. Optamos pela primeira”.
CARACTERÍSTICAS DA LAVANDA
A lavanda não gosta de ambiente úmidos. Ela precisa em média de 14 horas de sol para se desenvolver com qualidade. Em Morro Reuter ela encontrou um bom clima para florescer. Hoje, 22 famílias trabalham diretamente com a cultura.
Ela pode ser cordata de duas a três vezes ao ano. Celso prefere duas para permitir que tenham um melhor desenvolvimento. Esse ano plantaram em março e pretendem colher entre outubro e novembro.
FESTA NACIONAL DA LAVANDA
Os produtores estarão na Festa Nacional da Lavanda, que ocorrerá de 20 a 23 de outubro. Pretendem se revezar entre ficar no centro vendendo mudas e essências e nos lavandários para mostrar as plantações aos turistas.
EXPOINTER
A Lavandas do Morro esteve na 45ª Expointer em Esteio. No Dia do Turismo, alguns óleos destilados das lavandas da família estiveram presentes para divulgação; não foram vendidos, apenas apresentados pela Prefeitura para fomentar o turismo na região.
PROJETOS DE UMA PRAÇA
Celso comenta que pretende, com o apoio da Prefeitura, construir uma praça com banheiro na plantação de lavandas do Centro. O espaço terá uma área com uma visão panorâmica de Morro Reuter e Dois Irmãos.