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Centrais sindicais preveem atos em 150 municípios do RS em greve marcada para sexta-feira

13/06/2019 - 15h17min

Líderes de centrais sindicais e movimentos sociais informaram, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), que estão previstos atos em 150 municípios do Rio Grande do Sul na próxima sexta-feira (14). Os sindicalistas prometem greve geral no Estado contra a proposta de reforma da Previdência, com a paralisação de serviços de transporte, atos públicos e acampamentos às margens de rodovias.

— Todas as centrais, movimentos rurais e urbanos e o movimento estudantil são contrários a essa reforma, que vai destruir as aposentadorias. Estamos unidos e temos o apoio de metalúrgicos, petroleiros, servidores municipais, estaduais e federais. O país vai parar — disse Érico Corrêa, dirigente da CSP-Conlutas.

Conforme Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB-RS), os trens da Trensurb não irão circular. A medida é confirmada pelo Sindimetrô-RS, mas, em nota, a empresa diz que fará “esforços para minimizar os transtornos aos usuários do metrô e garantir o direito de ir e vir da população”, usando de “medidas judiciais previstas em lei”. A Trensurb também ingressou na Justiça com “pedido de abusividade” da greve.

Quanto aos ônibus da Capital, Vidor disse que a paralisação ainda está em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stetpoa) e que, nas últimas semanas, houve panfletagem junto a motoristas e cobradores em busca de apoio. Oficialmente, contudo, a entidade informa que não trancará as garagens das empresas.

— O foco da greve é a inconformidade dos trabalhadores com a reforma, que vai acabar com as aposentadorias. Os rodoviários enfrentam dificuldades para aderir ao movimento, mas têm motivos de sobra para apoiar a mobilização. Esperamos contar com eles na sexta-feira — ressaltou Vidor.

Na Região Metropolitana, segundo Éder Pereira da Silva, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB-RS), a expectativa é de que ônibus de empresas como Sogil, Soul, Vicasa e Viamão fiquem nas garagens. A previsão, como no caso do Stetpoa, não é confirmada pelo Sindicato Metropolitano dos Rodoviários (Sindimetropolitano).

Na coletiva, os líderes sindicais disseram esperar grande mobilização, com a participação de movimentos urbanos e rurais. Presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), Claudir Nespolo destacou o suporte de integrantes da Via Campesina, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag). Conforme Nespolo, grupos irão acampar às margens de rodovias federais. Ele não antecipou onde serão os pontos e se haverá interrupção de estradas.

— A única coisa que podemos dizer é que a Avenida Mauá (em Porto Alegre) vai estar fechada — disse Nespolo.

Entre os 150 municípios onde há atos programados, estão Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Santa Rosa, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Ijuí, Rio Grande, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Uruguaiana, Viamão, Cachoeirinha e Gramado. Em Porto Alegre, o ponto de encontro será na Esquina Democrática, a partir das 17h.

— Sexta-feira é dia de as pessoas ficarem em casa e dos pais não mandarem os filhos para a escola — concluiu Cícero Pereira, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no Estado.

Fonte: GaúchaZH

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