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Ciclistas catarinenses estreiam o cicloturismo na Rota Romântica

29/09/2020 - 15h47min

Atualizada em 29/09/2020 - 16h40min

Helcio e Douglas estão sendo os primeiros a realizarem o Circuito do Cicloturismo da Rota Romântica (Foto: Stefany Rocha)

Ivoti – A partir de agora, a Rota Romântica pode ser contemplada de um ponto de vista inédito: de cima de uma bicicleta. Isto porque neste final de semana foi inaugurado um Circuito de Cicloturismo que é percorrido neste trajeto.

Helcio Nascimento Antunes, de 37 anos, vigilante, e Douglas Seefeld, de 34 anos, empresário, não perderam tempo. Residentes de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, ainda no domingo, antes do anúncio oficial a respeito de por onde o percurso passaria, eles já estavam em Nova Petrópolis.

“Ficamos sabendo que a rota seria aberta para ciclistas há cerca de 20 dias e desde então começamos a nos preparar para vir completá-la”, comenta Helcio.

Sem imaginarem que seriam os primeiros a iniciar o percurso, os dois amigos – que se conheceram no grupo de ciclismo “Pá Pum Bike Team”, ao qual fazem parte há alguns anos –, decidiram dar uma acelerada nos pedais para que a viagem pudesse acontecer. A estimativa da instituição responsável pela rota, é que ela leve de sete à nove dias para ser concluída de bicicleta. No entanto, Helcio e Douglas a iniciaram na segunda-feira e desejam completá-la de três à quatro dias, pois Helcio, que está de férias, precisa voltar para o trabalho na sexta-feira.

“Quando pensamos em fazê-la em menos tempo, calculamos com base na quilometragem, mas chegando aqui nos surpreendemos com a quantidade de lombas. São muitas subidas, talvez tenhamos que dar uma desacelerada, mas ainda pretendemos terminar o percurso até quinta-feira”.

Rota

Com 355 km – sendo iniciado e finalizado em Nova Petrópolis, sede da Rota Romântica – o circuito é composto por 14 municípios da região, sendo eles: Nova Petrópolis, Picada Café, Linha Nova, Presidente Lucena, Ivoti, Estância Velha, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Dois Irmãos, Morro Reuter, Santa Maria do Herval, Gramado, Canela e São Francisco de Paula.

Para que os ciclistas não se percam durante o longo trajeto, há placas indicativas por todo o percurso e é disponibilizado um guia de navegação com pontos de apoio, além de informações técnicas da rota. Ainda, quem deseja se arriscar nesta aventura, recebe um passaporte para ser carimbado em cada cidade que passar. Tendo, no mínimo, 11 carimbos, o ciclista recebe um certificado.

Segundo os atletas amadores, o atrativo turístico não deixa a desejar: no percurso, praticamente sem estradas pavimentadas, as paisagens naturais são o destaque. “Andamos muito de bicicleta, e já fomos em outros cicloturismos, mas o local aqui é muito lindo. Enxergamos toda a paisagem de cima, é maravilhoso”, descreve Douglas.

Liberdade

“Não é para qualquer um, se preparem”, afirmam, humorados, os ciclistas. Eles comentam que, para quem deseja se arriscar – algo que, eles garantem, vale a pena –, é preciso saber que o local exige uma capacitação prévia, já que o trajeto exige fôlego. Mesmo no primeiro dia de percurso, eles comentam que o que eles estão vendo entre uma pedalada e outra, é de beleza rara – desde as cidades até a natureza.

Douglas Seefeld, 34 anos, empresário

“O percurso é muito legal. Acho que seria importante colocar mais sinalizações para facilitar a localização, mas só isto que tenho para destacar. No mais, só posso afirmar que, com certeza, os ciclistas irão adorar este circuito, fará muito sucesso. É lindo”.

 

Helcio Nascimento Antunes, 37 anos, vigilante

“A liberdade que andar de bicicleta me traz é inexplicável. Este contato com a natureza é muito bom, e as paisagens daqui tornam a experiência melhor ainda. Todo ano, quando tiro férias, eu vou para algum lugar andar de bicicleta, e aqui há uma beleza que não se encontra em qualquer local”.

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