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Comissário de Santa Maria do Herval recebe a maior honraria da Polícia Civil do RS

Antônio Carlos Pinto, com 47 anos de carreira, foi agraciado com a Medalha Tiradentes 2025, distinção máxima da Polícia Civil gaúcha
Por Cleiton Zimer
O comissário Antônio Carlos Pinto, que atualmente atua na Delegacia de Polícia de Santa Maria do Herval, está entre os 20 homenageados com a Medalha Tiradentes 2025, a maior honraria concedida pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A solenidade no início de dezembro, dia 3, em Porto Alegre, como parte das comemorações pelos 184 anos da instituição.
A Medalha Tiradentes é a distinção máxima da Polícia Civil gaúcha e é concedida a policiais civis e a pessoas ou instituições que prestaram serviços relevantes à corporação. A escolha dos agraciados passa por critérios formais e pela aprovação do alto comando da instituição, o que confere à honraria elevado peso institucional e simbólico.
Com uma trajetória de 47 anos na Polícia Civil, Antônio Carlos Pinto ingressou na corporação em 1979. Ao longo da carreira, atuou em diversas delegacias do Estado. Nos últimos 10 anos, esteve lotado na 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ª DPRM), na Delegacia de Polícia de Capela de Santana, especializada no atendimento à mulher. Atualmente, exerce suas funções na Delegacia de Polícia de Santa Maria do Herval.
O comissário recebeu a Medalha no início deste mês
Conexão real com a comunidade
Além do trabalho investigativo, o comissário participa ativamente de programas de prevenção à violência, como o Papo de Responsa, no qual atua como ponto focal da 3ª DPRM. Também desenvolve trabalho de mediação de conflitos dentro da delegacia, buscando soluções pacíficas e a restauração do diálogo entre as partes envolvidas – o que, aliás, é um grande destaque no Teewald, já que na “mesa redonda” resolvem-se situações que, antes, demoravam anos em ações judiciais.
Merecimento
Ao falar sobre o significado da Medalha Tiradentes, Pinto destacou que jamais pautou sua trajetória profissional com o objetivo de receber a honraria. “Eu nunca pautei a minha vida para ganhar essa medalha, até porque ela é algo muito distante. É como um atleta que treina todos os dias, mas não pensa nos Jogos Olímpicos”, comparou.
Segundo ele, o reconhecimento vai além da carreira profissional e se estende à vida pessoal. “Eu sinto que essa é uma grande conquista, não só minha, mas da minha família. Ela está ligada à forma como tratei as pessoas, meus filhos, meus amigos, à maneira como construí a minha trajetória”, afirmou.
O comissário também ressaltou o caráter coletivo e institucional do processo de concessão da medalha. “Não é uma decisão individual. Existe um grupo de pessoas, membros da instituição, que avaliam se você merece ou não. Ser reconhecido dessa forma é muito significativo”, disse.
Cidadão hervalense
Em um relato marcado pela emoção, Antônio Carlos Pinto descreveu a homenagem como um momento de olhar para trás e revisitar a própria história. “É um ápice. Um momento de rever tudo, de olhar para os filhos, para os netos. Quando você recebe, percebe que é algo diferente, porque a história que está sendo contada é a sua”, declarou.
Atuando atualmente em Santa Maria do Herval, o comissário também relacionou a conquista à sua ligação com o município. Recentemente, ele recebeu o título de cidadão hervalense concedido pela Câmara de Vereadores. “Hoje eu sou cidadão hervalense também, e isso me dá muito orgulho. Santa Maria do Herval me acolheu, valorizou o meu trabalho e, de alguma forma, também contribuiu para que eu chegasse até aqui”, destacou.
Para ele, 2025 ficará marcado como um ano especial. “Foi um ano mágico: por me tornar cidadão hervalense e por receber a maior honraria que um policial pode ter dentro da sua instituição”, concluiu.