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Concessão de rodovias: Amvag mobilizará lideranças em oposição à iniciativa

06/11/2025 - 13h23min

Atualizada em 06/11/2025 - 13h32min

O plano de concessão de rodovias do Bloco 1 apresentado pelo Governo do Estado há alguns dias e que prevê a implantação de mais pedágios, não está sendo digerido pelos prefeitos da Associação dos Municípios do Vale Germânico – Amvag, principalmente em virtude da falta de diálogo do Estado com as lideranças e, acima de tudo, por penalizar, mais uma vez, a população com a cobrança de pedágios. “Apresentaram o projeto já formatado. Uma iniciativa desse porte e que impacta tão severamente na vida das pessoas não pode ser definida desta forma. Não aceitaremos. Somos contrários”, avisa o presidente Gaspar Behne. Em assembleia ordinária realizada ontem, prefeitos da região discordaram não apenas do modelo, mas do impacto financeiro e social da concessão considerada onerosa para o usuário das rodovias. Definiram por realizar uma reunião ampliada com a participação de lideranças políticas e empresariais, inclusive de regiões próximas afetadas, como a do Paranhana, na tentativa de unir forças para conter o avanço do projeto no atual modelo.

O número de pórticos de cobrança automática (free flow), o valor do quilômetro rodado e o longo prazo previsto para os investimentos em obras mais urgentes, foram alguns dos pontos destacados pelos prefeitos. “Não resta dúvidas de que as obras previstas na concessão são importantes para o desenvolvimento da região, mas precisamos de respostas”, ressalta Behne. “O Estado marcou uma audiência pública para o dia 25 aqui na nossa região, mas sabemos que este tipo de reunião é basicamente técnica, para tratar detalhes do projeto. Aproveitaremos o momento para manifestar nossa contrariedade”.

A concessão impactará diretamente na ERS 239 que, segundo previsto, terá quatro pórticos de cobrança. Serão seis pórticos para quem usar a rodovia para se deslocar a Gramado, por exemplo, pois a ERS 115 também receberá pórticos free flow, sendo que motociclistas também passarão a pagar. Os prefeitos Giovani Feltes (Campo Bom), Carina Nath (Sapiranga) e Oséias Garcia (Araricá), todos servidos pela ERS 239, participaram da reunião e manifestaram descontentamento.

Os escassos investimentos da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) na ERS 239 foi outro ponto comentado pelos prefeitos que temem por ‘mais do mesmo’. “A EGR existe há quantos anos? E quais investimentos foram feitos? Teve passarela que ficou no papel por 20 anos, os necessários retornos para reduzir acidentes são uma novela. Iluminação, nem se fala. Se não fossem as prefeituras, seria um breu”, foram alguns dos argumentos que deixam os prefeitos insatisfeitos com a atual situação da rodovia e que precisam de investimentos, mas não às custas de mais tarifas.

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