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Covid-19 não morreu e pode voltar ainda mais forte, revelam especialistas

10/09/2025 - 10h53min

Atualizada em 10/09/2025 - 10h58min

Brasil – A ideia de que a Covid-19 estaria no passado é equivocada. O vírus continua em circulação no Brasil e já apresenta aumento de casos em diversas cidades, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, durante a 27ª Jornada Nacional de Imunizações em São Paulo. “Não com o mesmo impacto do período da pandemia, mas ela não desapareceu”, destacou o infectologista.

Atualmente, a doença atinge com maior frequência:
•Crianças com menos de dois anos, que ainda não tiveram contato com o vírus;
•Idosos acima de 60 anos, mais suscetíveis devido à queda natural da imunidade;
•Gestantes, que também integram o grupo de risco.
Em 2024, 82 crianças morreram por complicações relacionadas à Covid-19 — número relevante, principalmente por se tratar de doença prevenível por vacina. Entre os idosos, os óbitos continuam concentrados, reforçando a importância da vacinação e da testagem nesses públicos.
Vacinação e testagem
Chebabo defende a ampliação dos testes para pessoas de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, destacando que isso ajuda a reduzir complicações, internações e mortes. Para indivíduos com menor risco, a testagem pode ser opcional e realizada em farmácias ou laboratórios.
O professor Expedito Luna, da Faculdade de Medicina da USP, comentou sobre a possibilidade de uma vacina combinada contra influenza e Covid-19, mas enfatizou os desafios para essa abordagem. Enquanto a gripe segue um padrão sazonal definido, a Covid-19 ainda apresenta picos em épocas distintas ao longo do ano, o que inviabiliza, por ora, uma aplicação conjunta.
Casos em alta
Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), os casos de Covid-19 têm aumentado por dez semanas seguidas, e a taxa de positividade está em 13,2% — o maior índice registrado desde março.
O patologista Alex Galoro atribui esse crescimento à queda dos níveis de anticorpos ao longo do tempo e ao surgimento de novas variantes. Ainda assim, a vacinação e infecções prévias ajudam a evitar picos mais graves, mesmo com maior transmissão típica do inverno.
Crédito: Pedro Silvini, Diário do Comércio

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