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Curva da Morte: Risco crescente preocupa moradores e autoridades em Herval
Trecho acumula acidentes, e aumento no fluxo de veículos gera apreensão
Santa Maria do Herval | Na última terça-feira (14), um caminhão carregado de ferro, com placas de Guaíba, tombou no trecho conhecido como Curva da Morte, na VRS-873, e aumentou a estatística problemática do local. Apesar da gravidade do incidente, neste caso, o motorista não sofreu ferimentos.
Desde que o asfalto foi feito já foram registrados mais de 30 acidentes graves. Seis vítimas morreram no trecho.
Moradores relatam que, embora ações paliativas tenham sido implementadas, como a instalação de quebra-molas, o problema persiste. Agora, com a conclusão do asfaltamento até Gramado, os riscos tendem a aumentar devido ao crescimento do fluxo de veículos.
Aumento do tráfego
O asfaltamento recente encurtou em aproximadamente 30 quilômetros o trajeto entre Porto Alegre e a Serra, tornando o percurso mais atrativo e eliminando pedágios. Contudo, essa mudança intensificou o tráfego na rodovia, especialmente de motoristas que desconhecem os perigos do trecho.
O temor é que a combinação de curvas fechadas, descidas acentuadas e o aumento no número de veículos resulte em novos acidentes. “Muitos são causados por imprudência dos motoristas e falta de manutenção nos veículos. Quando há falha mecânica, a situação complica ainda mais”, afirmou o prefeito Gilnei Capeletti. De fato, a maioria, se não todos os acidentes são com motoristas de fora.
Responsabilidade e ações necessárias
O trecho é gerido pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), vinculado ao governo estadual. Segundo Capeletti, o município tem cobrado melhorias. “Estamos constantemente em contato com o Daer. Tenho uma reunião prevista para tratar da pavimentação (asfalto no trecho da Ferraria) e também da questão de segurança. Essa pauta será abordada novamente”, garantiu.
O prefeito destacou que, embora sejam discutidas possíveis soluções, como a sinalização reforçada ou melhorias estruturais, muitas ocorrências estão relacionadas à negligência dos condutores. “Milagres não existem. É fundamental que os motoristas redobrem a atenção, especialmente nas descidas”, completou.
Comunidade pede soluções urgentes
Moradores da região seguem reivindicando medidas mais efetivas para evitar novas tragédias. Enquanto o número de veículos cresce, a Curva da Morte continua sendo uma ameaça, reforçando a necessidade de ações rápidas e concretas por parte das autoridades responsáveis.
E por Walachai?
Há um trecho alternativo, que seria passar pela localidade de Walachai, em Morro Reuter. No entanto, caminhões pesados têm dificuldades por lá: pois precisam parar num trecho íngreme (no restaurante Wolf), para atravessar a pista.