Dois Irmãos 62 anos: “Amo viver aqui!”

* por Leonardo Boufleur

Sentado num banco do Parque Romeo Benício Wolf, carinhosamente chamado de Parcão, bem no Centro de Dois Irmãos, sinto uma leve brisa vindo das majestosas árvores que rodeiam o espaço, muito bem arborizado e florido. Olho para o lado e percebo um grupo de casais de amigos que conversam animados o mesmo idioma. Será que é português? Será que é alemão? Não é nem um e nem outro! E, sim, Hunsrik, dialeto “importado” da Renânia há mais um século e é deixado de geração em geração.

Dois Irmãos, assim como várias cidades da Região do Estado, foi colonizada por imigrantes alemães a partir de meados da terceira década do século 19. Assim como o dialeto que ainda é preservado em muitas famílias, o capricho nos jardins com gramas sempre aparadas e flores, as casas são bem conservadas… todo esse capricho e esmero, com certeza, herdamos dos nossos antepassados.

Mesmo Dois Irmãos estando em pleno crescimento, percebe-se a tranquilidade de uma cidade interiorana. Nas ruas, nas praças e, assim, como muitas casas ainda com pátio não cercados, mostram a calmaria e a qualidade de vida de viver aqui. E nos bairros, ainda rola um futebol no meio da rua, crianças brincando alegres nas praças e pais saboreando um bom chimarrão.

Sabe! Dois Irmãos é uma boa cidade, bom ensino e suporte na saúde pública. Nenhum lugar é perfeito. Mas, eu tenho certeza, não teria outro lugar melhor para mim, tenho amigos e minha família sempre se reúne. Eu amo isso! Amo viver aqui! Não importa onde estamos se estamos juntos, somos o nosso lar.

Inspiração

O nome Dois Irmãos é inspirado nos morros gêmeos, que são avistados em vários pontos da cidade. Assim como diz o hino da cidade: “Existe um bom lugar ao pé da Serra, lindo e onde gosto de morar, praças, flores, fontes e cascata, lugar onde a alegria está no ar e Natureza majestosa”.

As belezas de Dois Irmãos chamam a atenção das pessoas que adotam a cidade para morar e outras que vem visitá-la aos finais de semana. A cidade também preserva prédios históricos, igrejas, praças e parque. A boa gastronomia, as inúmeras cervejarias e empreendimentos diversificados são um convite especial.

Ainda que a paisagem tenha se alterado, o que não mudou foram as características dos dois-irmonenses. Pelas ruas em que passa a receptividade e a hospitalidade são marcas de uma comunidade que trabalha pensando no desenvolvimento de Dois Irmãos – Um Doce de Cidade.

Leonardo Boufleur