Em Dois Irmãos desde janeiro, irmãos tiveram de esticar as férias por não poder voltar à Inglaterra devido a pandemia

Como é a vida na Terra da Rainha: irmãos de Dois Irmãos foram há dois anos morar na Inglaterra

Dois Irmãos – Parafraseando o nome da cidade, dois irmãos deixaram Dois Irmãos e foram estabelecer residência na Inglaterra. Os irmãos Cássio e Marcos Faciochi, depois de dois anos, estão de volta a Dois Irmãos. Chegaram no dia 21 de janeiro, de férias, mas aqui tiveram que ficar em função da pandemia e até pelo fato de não ter vôos para a Europa. Eles ficarão aqui na casa dos pais, Isaías (Gringo) e Iracema até que a pandemia permita que o Reino Unido retome o pleno emprego para que possam voltar para a Terra da Rainha.
Eles contam que saíram de lá antes do avanço da pandemia. Chegaram ao Brasil, na casa dos pais no final de janeiro. Até aquele momento, no Reino Unido e especificamente em Londres, onde estávamos morando, as coisas estavam normais, havia poucos noticiários falando sobre o vírus e alguma ou outra informação de casos acontecendo somente na China”, conta. Quando chegaram ao Brasil, então, começou a aparecer fortemente nos noticiários as informações a respeito do Covid-19, que estava se espalhando pelo mundo, e, consequentemente, em seguida, aconteceu o fechamento das fronteiras de países, cancelamento de vôos, fechamento do comércio e a pausa nos trabalhos.

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Eles contam que inicialmente foram para a Itália, por conta própria , em busca da cidadania, no início de 2018, e só depois, com o chamado passaporte vermelho, foram para a Inglaterra. Eles moram em Londres, uma cidade onde o custo de vida muito alto, então, “é praticamente normal viver em casas compartilhadas onde se alugam quartos”. “Morávamos na casa com uma família mineira que conhecemos na Itália, no processo da cidadania”, conta Cássio, o irmão mais velho.
Mesmo estudando sobre o país por vídeos e outras formas, enquanto estavam no Brasil, os irmãos contam que um dos primeiros passos no Reino Unido foi a busca de informação para entender como funciona o sistema em geral, já que é um tudo novo e diferente dos costumes do Brasil, como o funcionamento de mercados, transportes, trabalho e outros.
Marcos conta que uma agência de empregos portuguesa ajudou bastante no início. Ele destaca que, em alguns bairros tem a Capelania Brasileira. “No final da missa havia confraternização entre o pessoal e um cafezinho”, explica, citando este encontro entre brasileiros radicados em Londres.
Segundo os irmãos, a vida é bem agitada e que a cidade vivencia em tempo real as transformações, inovações tecnológicas, misturando o antigo e o novo. “Os tradicionais pubs ingleses são sempre cheios de gente todos os dias e ao final do trabalho o pessoal vai para os pubs confraternizar e beber cerveja”, conta Cassio, destacando que, na sua opinião, a cerveja para tomar não é tão gelada como no Brasil.

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TERRA DA RAINHA
Quando indagados porque escolheram Londres para viver, ambos são enfáticos em dizer que a escolha se deve ao interesse de estudar a língua inglesa e trabalhar. “Por ser um país economicamente forte e possuindo mais oportunidades de trabalho, isso pesou muito na escolha”, conta Cássio.
Londres está concentrado um grande centro do mercado financeiro europeu, cheio de prédios com salas de escritórios, e, segundo Cássio, existe uma concentração de diversidade gigantesca de culturas de várias partes do mundo. “Tem grande concentração de brasileiros, além dos portugueses, onde, estando no centro de bairros ou em pontos turísticos, ou até mesmo se locomovendo pela cidade de trem ou nos tradicionais ônibus de cor vermelha de dois andares, a gente pode facilmente ouvir a língua portuguesa sendo falada”. Segundo ele, esta peculiaridade fazia com que se sentissem um pouco no Brasil, além de uma cuia de chimarrão em mãos.

CIDADANIA
O processo da cidadania ocorreu em 2018. “Fomos sozinhos, correndo atrás das coisas após muito trabalho e esforço foi então concluído”, conta Cássio. Durante o processo, eles aproveitaram para visitar algumas cidades, estudar a língua italiana e fazer amizades, porém, a maior parte do tempo era necessário ‘estar em casa’ por conta declaração da residência. Foi assim que os dois irmãos realizaram o sonho de concluir o processo da cidadania italiana por jus sanguinis (direito de sangue) em uma pequena cidade ao norte da Itália, próxima a Comune de Monza (Lombardia). Depois fomos em busca de novos objetivos e então fomos para a Inglaterra.

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ALGUMAS CURIOSIDADES
– Os aluguéis, em Londres, precisam ser pagos 6 meses adiantados.
– A carteira de habilitação feita por Cássio, em 2019, tem validade até 2.060.
– Os irmãos, ainda no Brasil, assistiram muitos vídeos no YouTube para ver como era a vida na Inglaterra e, mesmo morando lá, continuam com a prática, para aprender os macetes do dia-a-dia, pois a adaptação demora bastante.
– Uma dificuldade deles a língua, mas aos poucos, na prática, foram aprendendo e o pessoal que é estrangeiro também e que mora lá, acaba ajudando.
– Enquanto faziam a cidadania italiana, conheceram uma família de Minas Gerais. E, através, desta família, foram morar na Inglaterra, em um quarto alugado na casa por esta família, que foi também quem ajudou a encontrar o primeiro trabalho.
– Há muitos refugiados da Africa, hoje, na Inglaterra.
– O NIN (algo como o CPF no Brasil) é o documento importante para utilizar. Já o NHS é como o SUS no Brasil.
– Em geral, os dois-irmonenses trabalharam em restaurantes e como “cleaner” (limpeza de escritórios e computadores).
– A carga horária, em média, é 40h por semana.
– A cidadania italiana foi conquistada através de um avô, que veio da Itália com quatro anos, ele veio da região de Treviso (Vêneto), de sobrenome Parizotto, através da mãe deles, Iracema.
– Cassio e Marcos são filhos de Isaías Pedro Faciochi (que é aposentado do serviço na Prefeitura de Dois Irmãos) e de Iracema Parizotto Faciochi.

Alguns locais visitados pelos irmãos, que você pode conferir nas fotos:
1) London Eye
2) Castelo de Windsor
3) Pub no bairro Candem Town
4) Palácio de Buckingham-Inglaterra

• E mais algumas fotos da Itália, no período em que moraram lá para retirar a cidadania. São fotos de Milão e do Lago de Como, dos passeios feitos pelos irmãos.