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Em Dois Irmãos, vida na lavoura é trabalho com recompensa

14/11/2022 - 13h16min

Atualizada em 14/11/2022 - 13h19min

Leonardo Becker realizando o manejo das vacas leiteiras. Crédito: Hermes Reich

Por Hermes Reich

 

…é preciso muito trabalho…Mas o esforço e a determinação acabam recompensando…”

 


Em tempos de debates sobre agronegócio e desenvolvimento, assunto muito presente no dia a dia das pessoas, é evidente a posição de destaque da agricultura familiar em relação ao crescimento econômico e a geração de empregos, além de promover a segurança alimentar e nutricional da população.
É através da produção de leite que o agricultor Leonardo Becker, de 43 anos – desde criança auxiliava os pais na agricultura – ajuda a manter o alimento na mesa das pessoas, além de
que é sua principal fonte de renda.

“Eu sempre comento com os meus filhos o seguinte: se acabar a plantação ninguém mais vai comer. São as pequenas propriedades rurais que ajudam a manter o alimento na mesa das pessoas.”
Leonardo é casado com a técnica em enfermagem Elivete, e pai do Jeferson, de 13 anos, e da Fernanda, de 10 anos.

As dificuldades enfrentadas no dia a dia do trabalhador rural não são poucas, porém a recompensa pelo esforço sempre é maior. “Na lavoura, assim como em qualquer outro lugar, é preciso muito trabalho, investimento e aperfeiçoamento para dar certo. Mas o esforço e a determinação acabam recompensando com ótimos resultados”, lembra Becker.

Quando o trabalho é realizado com amor e comprometimento, sempre rende bons frutos. A atividade na lavoura que começou lá atrás, junto com a família, hoje faz toda a diferença na vida de Leonardo.
“É uma atividade que exige muito do meu tempo. Acordo diariamente às 5h20 para tirar leite das vacas, mas não troco-a por outra. Cada dia é um ambiente de trabalho diferente e o melhor, você é seu próprio patrão.”

Na propriedade de Leonardo a ordenha de leite em 16 vacas rende em média 200 litros por dia. O leite é tirado duas vezes ao dia: no início da manhã e no final do da tarde. O processo leva de uma hora a uma hora e meia. O alimento é vendido em empresa.

 


Rotina de trabalho

 


Depois de soltar os animais no campo o agricultor Leonardo Becker realiza a limpeza da estrebaria e segue para a próxima lida, que é o preparo da lavoura de milho para fazer a silagem (material produzido pela fermentação controlada de uma forragem para alimentação do animal). Com a prática de silagem Leonardo reduz as despesas com a alimentação d
as vacas.

“Não posso me queixar, eu gosto do que faço. Além do mais, hoje está tudo modernizado e não é mais aquela coisa de ter que tirar leite manualmente”, destaca Becker.

Leonardo frisa ainda que é preciso todo um preparo do solo até o plantio, acompanhar o desenvolvimento das plantas de milho e cuidar o ponto da silagem. “A silagem, cerca de 80% da produção, é para consumo das vacas e o restante eu comercializo. É um processo trabalhoso, porém é um pasto que consigo estocar por dois anos ou mais.”

 

 

 

Buscar alternativas

 

A vida na produção de leite não é uma tarefa muito simples para quem precisa aproveitar o tempo dedicado a buscar a fonte de renda no setor. Na prática, o agricultor Becker é um exemplo disso.


“A maior dificuldade é que estou amarrado. Quem trabalha com leite precisa estar sempre em casa, não tem como tirar férias, além do preço que oscila muito.”


Na percepção de Becker, também há que se considerar a possibilidade de alternativas. “A gente vai levando a plantação de milho e a produção de leite agregando valor, como o plantio de milho, de feijão e o queijo colonial que fabricamos para nosso consumo e também para quem deseja adquirir. As pessoas vêm aqui em casa para comprar.”

 

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