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Empresas ganham fôlego com auxílio econômico de Ivoti

23/09/2020 - 11h17min

Atualizada em 23/09/2020 - 13h25min

A crise econômica trazida pela pandemia foi a mais forte já enfrentada pela empresa que está no mercado há 22 anos

Ivoti – Cerca de dois meses depois do início do Programa de Recuperação Econômica do Município – projeto que visa amenizar a crise enfrentada por pequenas e microempresas que foram impactadas pela pandemia de Covid-19 –, alguns lojistas e comerciantes já começaram a se reestabelecer. Com esta iniciativa, foram injetados R$ 2 milhões na economia local.

A secretária de Desenvolvimento, Denise Rodrigues da Silva, conta que até o momento 31 empresas já foram beneficiadas com o programa e uma está passando pelo processo de análise do pedido protocolado. Com foco na manutenção dos empregos e, por consequência, do funcionamento das empresas, ela comenta que o programa foi bem recebido pelos estabelecimentos.

“Estamos retomando a recuperação econômica do município e já estamos com boas tendências de crescimento em diversas áreas”, afirma Denise, que ainda destaca que do ponto de vista da gestão da cidade, o programa tem atingido seu objetivo e está conseguindo ter o impacto desejado. “Está ajudando muitas empresas a se manterem para que possam retomar seu desenvolvimento”.

A empresa que é aceita para fazer parte do programa, recebe um subsídio financeiro para ser usado no pagamento do aluguel do estabelecimento, podendo ser recebido em parcelas de seis meses a um ano. Em contrapartida, a beneficiada tem que prover a manutenção do número de empregados durante o período em que fizer parte da iniciativa e garantir a manutenção do faturamento médio mensal.

Estímulo

Maria Ceni Wittmann e Viviane Rieger são sócias na empresa Miss Blue, estabelecida no centro de Ivoti. O negócio, que está no mercado há 22 anos, possui dois estabelecimentos: a fábrica de roupas e a loja. Mas, por conta dos pré-requisitos solicitados pelo município para a aderência ao programa – como, no caso, ter um quadro de funcionários com número expressivo – apenas a fábrica, que atualmente conta com 11 empregados, foi aceita.

Antes da divulgação de programas emergenciais governamentais, elas precisaram encontrar outras formas de enfrentar a crise que chegou de repente. Deste modo, pararam com a produção de roupas femininas – carro-chefe do negócio – e passaram a confeccionar máscaras de proteção e aventais hospitalares. Também foi preciso negociar com a imobiliária um desconto no valor do aluguel e tirar dinheiro do próprio bolso para deixar as contas em dia.

Além disto, com uma queda de 75% no faturamento em comparação ao ano anterior, foi preciso demitir dois funcionários da fábrica antes de aderir ao programa. Assim, a fim de conseguirem ajuda para não terem que desligar mais pessoas, logo que o Programa de Recuperação Econômica do Município foi anunciado, Maria e Viviane demonstraram interesse em fazer parte.

“Encaramos esta iniciativa como um incentivo para continuarmos. Apesar de o recurso pagar apenas cerca de 35% do aluguel, com a queda brusca que tivemos, com pedidos cancelados parados e produtos parados, toda ajuda que conseguirmos se torna importante”.

No entanto, apesar de terem solicitado a participação no programa em julho, a empresa receberá a primeira parcela apenas no mês de setembro. Isto porque o processo de aceitação passa por várias etapas. De qualquer modo, para as empresárias, a participação da fábrica da Miss Blue nesta iniciativa, traz uma segurança para a manutenção do funcionamento do estabelecimento.

Expectativa

Marieli Meger trabalha na área administrativa da filial da Bom Jardim Calçados localizada no centro de Ivoti. Ela conta que a empresa enviou a documentação exigida e solicitou a aderência ao programa há cerca de 20 dias e, no momento, o pedido segue em análise. Esta etapa do processo pode durar até 30 dias.

A necessidade de incorporar a iniciativa, segundo ela, não foi imediata, mas surgiu devido à queda progressiva que as vendas tiveram durante um período da pandemia. Apesar de a situação estar começando a melhorar, esta foi a forma encontrada para acelerar o processo.

“Inicialmente, conseguimos nos ajeitar de uma maneira que não ficasse tão dificultoso. No entanto, o montante começou a pesar agora e, como há a disponibilidade deste programa, decidimos que este seria um recurso importante neste momento”.

Embora tenha sido contratada pela loja em junho – já durante a pandemia –, ela comenta que presenciou as quedas nas vendas e que, inclusive, a empresa já vinha aderindo a outros benefícios governamentais que visam auxiliar a manutenção do serviço. Marieli ressalta que as iniciativas para reestruturação econômica do comércio estão sendo essenciais.

Cadastro

O programa seguirá em vigor até que os recursos financeiros que foram disponibilizados ao município para este fim, se esgotem. Até então, não há a previsão de um prazo para que isto ocorra e, portanto, as empresas que desejarem, ainda podem solicitar sua entrada no plano de auxílio.

Os empresários que tiverem interesse em aderir ao programa, devem realizar um cadastro através do site da Prefeitura e aguardar resposta da comissão de análise do pedido. Os beneficiários poderão receber um limite de R$ 18 mil por ano, equivalente a R$ 1.500 por mês. No entanto, o valor a ser disponibilizado para cada empresa também passará por análise do Poder Público.

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