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Entenda o motivo do cancelamento do júri de homem que matou mulher atropelada em Dois Irmãos

06/11/2024 - 10h38min

Atualizada em 06/11/2024 - 10h58min

Paetzhold fugiu do local do crime, há oito anos (FOTO: Melissa Costa / arquivo O Diário)

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Previsto para ser realizado nesta quarta-feira (6), o júri popular de Guilherme Paulo Paetzhold, 35 anos, foi cancelado minutos antes do início.

Segundo informações do Fórum, o promotor Wilson Grezzana, que fará a acusação, ficou doente. A reportagem confirmou a informação com Grezzana: “Tive pequeno problema da saúde.”

O processo ainda não foi movimentado para verificação de nova data. 

O réu é acusado da morte de Maria Senia Fröhlich, 55 anos, na noite de 1º de dezembro de 2016, quando atropelou e arrastou a vítima por cerca de 160 metros, tirou-a das ferragens do carro e fugiu sem prestar o socorro.

A vítima foi socorrida cerca de meia hora depois, após ser encontrada jogada na lateral da rua por populares. Mas faleceu na madrugada seguinte devido à gravidade dos ferimentos.

Paetzhold foi preso logo depois pela Brigada Militar (BM), escondido na casa dos pais.

Com a intenção de apagar os vestígios do crime, o réu lavou o veículo, retirou as três calotas restantes (uma permaneceu nas proximidades do ocorrido), além de colocar cinzas sobre os pneus.

Segundo apurado na época ele se negou a fazer o teste do bafômetro. No entanto, apresentava visíveis sinais de embriaguez: olhos avermelhados, fala embaraçada e hálito alcoólico.

Ele ficou recolhido no presídio somente até 9 de dezembro daquele ano. O Tribunal de Justiça acatou o pedido de habeas corpus feito pela defesa e, desde então, responde em liberdade.

ACUSAÇÃO

A denúncia será feita pelo Ministério Público através do promotor Wilson Grezzana, com a acusação de homicídio por dolo eventual, assumindo o risco de produzir o resultado da morte. Se condenado, pode receber de 6 a 20 anos de prisão, a depender dos atenuantes e agravantes.

A principal prova do Ministério Público contra o réu são as imagens da câmera de segurança de uma residência, que ficava em frente ao local onde Guilherme retira o corpo da roda e foge. As imagens, na época, chocaram o Estado e foram notícia em diversos veículos de comunicação.

DEFESA

A reportagem contatou o advogado de defesa, Nelson da Silva Silveira, porém, até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

 

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