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11 anos depois: onde estão os envolvidos no caso do menino Bernardo
Estado – O caso que chocou o RS completa hoje 11 anos. O menino Bernardo Uglione Boldrini desapareceu no dia 4 de abril, e seu corpo só foi encontrado no dia 14, as margens de um rio em Frederico Westphalen.
O pai do garoto, Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e a amiga Edelvânia Wirganovicz foram reconhecidos como executores do crime durante a investigação, e foram condenados de diferentes formas. Além deles outro homem foi condenado junto, responsável pela ocultação de cadáver: Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.
Em 2019, os quatro réus foram submetidos a júri popular em Três Passos. Após cinco dias de julgamento, totalizando 50 horas, o veredicto resultou na condenação de todos. Graciele Ugulini, a madrasta, foi condenada a 34 anos e sete meses de prisão. Leandro Boldrini, o pai, recebeu uma pena de 33 anos e oito meses de reclusão. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, foi sentenciada a 22 anos e 10 meses de prisão. Evandro Wirganovicz, recebeu uma pena de nove anos e seis meses em regime semiaberto.
Como estão os envolvidos no crime atualmente?
Condenado a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica, o médico Leandro Boldrini foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Atualmente, ele cumpre pena em regime semiaberto. Em março de 2024, foi selecionado para uma vaga no programa de residência médica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pois, até então, não havia impedimento para que exercesse a medicina.No entanto, em fevereiro de 2025, seu registro foi cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), resultando em seu desligamento do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Condenada a 34 anos e sete meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver, a madrasta cumpre pena em regime fechado no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre.Ela poderá progredir para o regime semiaberto em 2026 e terá direito à liberdade condicional apenas em 2035.
Condenada a 22 anos e 10 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, Edelvânia Wirganovicz passou ao regime semiaberto em maio de 2022. Em 2023, devido à falta de vagas no sistema prisional, a 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre determinou que ela utilizasse tornozeleira eletrônica. Já em fevereiro de 2025, uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, garantiu seu retorno ao regime semiaberto, onde permanece atualmente.
Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio simples e ocultação de cadáver. Atualmente, ele já está solto.