Adolescente mata pais e irmão de três anos após ser impedido de viajar para ver namorada virtual

Um crime chocante abalou o município de Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro. Um adolescente de 14 anos confessou ter matado os próprios pais e o irmão caçula, de apenas 3 anos, no último sábado (21), após ser impedido de viajar para encontrar a namorada virtual.

De acordo com a Polícia Civil, o jovem morava com a família no distrito de Comendador Venâncio e havia conhecido uma adolescente da mesma idade durante jogos virtuais. O relacionamento evoluiu para um romance à distância, mas os pais dele, Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, e Inaila Teixeira, de 37, eram contrários ao envolvimento e proibiram a viagem.

Segundo os investigadores, o crime foi premeditado. O adolescente esperou os pais e o irmão dormirem, pegou uma arma que havia em casa – registrada em nome do pai, que tinha permissão de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) – e efetuou os disparos contra os três.

Após os assassinatos, ele tentou ocultar os corpos. Espalhou um produto químico pelo chão e arrastou os cadáveres do quarto do casal até a cisterna da residência, onde os escondeu.

Nos dois dias seguintes, familiares começaram a estranhar o sumiço da família. Questionado por uma avó e um tio, o adolescente afirmou que o irmão teria engolido um caco de vidro e que os pais o haviam levado ao hospital. No entanto, nenhuma unidade de saúde da região registrou atendimento semelhante.

Na terça-feira (24), os familiares registraram o desaparecimento na delegacia. No dia seguinte, durante uma perícia na residência, os policiais encontraram manchas de sangue no colchão, roupas ensanguentadas e os celulares dos pais escondidos em uma bolsa. Um forte odor chamou a atenção dos agentes, que localizaram os corpos na cisterna.

Em depoimento na 143ª Delegacia de Polícia (Itaperuna), o adolescente demonstrou frieza ao relatar os crimes. Segundo os investigadores, ele afirmou que faria tudo de novo.

A Polícia Civil segue com as investigações, inclusive para apurar se há algum envolvimento da adolescente de Mato Grosso, com quem o jovem mantinha o relacionamento virtual.