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Casal de funcionários da embaixada de Israel é assassinado nos EUA

22/05/2025 - 09h42min

Foto: Divulgação/Embaixada de Israel nos EUA

Yaron Lischinsky e Sarah Milgram foram mortos a tiros após deixarem evento no Museu Judaico da Capital, em Washington. Ataque é investigado como crime antissemita.

Dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram assassinados na noite de quarta-feira (21), em Washington, após participarem de um evento no Museu Judaico da Capital. As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky, de origem israelense e nascido na Alemanha, e Sarah Milgram, cidadã americana. As autoridades investigam o caso como um ataque antissemita.

Segundo a Embaixada de Israel em Washington, o casal foi alvejado por tiros ao sair de um encontro que discutia iniciativas humanitárias voltadas aos moradores de Gaza. Em nota, a representação diplomática afirmou estar “de coração partido e arrasada” com o crime.

Minutos após o ataque, a polícia prendeu Elias Rodríguez, principal suspeito de ser o autor dos disparos. De acordo com testemunhas, ao ser detido, Rodríguez gritou “Palestina livre” e chegou a entrar no museu desarmado, onde confessou informalmente o crime a algumas pessoas antes de ser capturado por agentes de segurança presentes no local. O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos informou que investiga o caso em conjunto com outras autoridades. A secretária Kristi Noem afirmou que o governo norte-americano considera o crime um “grave ato de antissemitismo” e reforçou o compromisso em combater esse tipo de violência.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o ataque em pronunciamento oficial, classificando-o como “um crime de ódio inaceitável”. Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou estar “chocado com os assassinatos antessemitas” e exigiu respostas rápidas das autoridades americanas.

O suspeito permanece detido e deve responder por duplo homicídio qualificado. As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias e a motivação do ataque.

ESTAVAM PRESTES A SE CASAR

Yaron e Sarah trabalhavam como funcionários diplomáticos e participavam ativamente da vida comunitária judaica nos Estados Unidos. Conforme o embaixador israelense Yechiel Leiter, o casal estava prestes a oficializar o noivado. Yaron havia comprado o anel poucos dias antes e planejava fazer o pedido em Jerusalém, na semana seguinte.

Sarah Milgram atuava no departamento de diplomacia pública da embaixada e era formada em relações internacionais, com pesquisas focadas em construção da paz entre Israel e Palestina. Crescida em Kansas City, ela ganhou notoriedade ainda no ensino médio, ao se posicionar publicamente depois que sua escola foi alvo de pichações com suásticas. “Sabe, eu me preocupo em ir à sinagoga e agora tenho que me preocupar com a segurança na minha escola, e isso não deveria ser problema”, declarou à época.

Sarah se definia como uma profissional “motivada a contribuir com organizações dedicadas a construir pontes, promover a harmonia religiosa e avançar práticas sustentáveis.” Já Yaron Lischinsky trabalhava como assistente de pesquisa na mesma missão diplomática.

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